O Culto Efeminado, Um Câncer
Corroendo as Igrejas Modernas
Penumbras, paredes escuras, show de luzes,
bandas de rock, calças rasgadas, danças sensuais, mulheres líderes, homens
passivos!
Essas igrejas
não estão adorando ao Cristo Ressurreto, mas às próprias emoções!
Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da
verdade, voltando às fábulas. – II Timóteo 4:3-4 (ACF)
...Decoroso é o louvor. – Salmos
147:1[b] (ACF)
1. Igrejas que não adoram o Ancião de Dias
As luzes se apagam. Uma suave névoa
roxa se espalha pelo palco, uma névoa cuidadosamente fabricada que se ergue de
máquinas de fumaça escondidas, como um véu místico entre o céu e a terra. O
vocalista, um rapaz com o timbre vocal de um adolescente escrevendo poesia em
seu diário cor-de-rosa, respira fundo no microfone e sussurra,
com os olhos fechados e a mão estendida: “Leve-me de volta ao jardim, leve-me
de volta ao momento em que vi o Seu rosto”, ele canta com uma voz melosa e
afetada.
A melodia transborda emoção, é como uma canção de amor adolescente ansiando
por um abraço cósmico num ambiente nova-era. Na multidão hipnotizada,
mãos balançam, cabeças se inclinam e um suspiro suave e coletivo se ergue. Esta
não é uma igreja adorando o Ancião de Dias — este é um romance de Emily
Henry[i]
musicado.
Em algum lugar nos bancos, um homem
honesto se agita desconfortavelmente. Ele veio ali interessado em adorar ao
Cristo ressuscitado, o Rei dos Reis, o Alfa e o Ômega. Em vez disso, ele está
cercado por uma congregação que murmura letras melosas e adocicadas
sobre como Jesus é “fácil” de amar, como Ele está “mais perto que a minha pele”,
como Sua presença “é tão gostosa”.
Não parece, de fato, uma igreja
— parece um baile de formatura de adolescentes, com direito a iluminação
ambiente e cânticos sussurrados carregados de emoção sensualizada. E, no
entanto, semana após semana, as massas se deleitam, sem nunca questionar por
que a adoração a um Deus todo-poderoso foi reduzida a algo que poderia
facilmente ser confundido com uma balada de baile de formatura de ensino
médio.
2. Não foi da noite para o dia.
Como chegamos até aqui? Como o culto
cristão, antes definido por profundas verdades teológicas, por homens firmes
e fiéis que cantavam com ousadia a soberania de Deus, se tornou uma
produção que mal se diferencia de um show da Taylor Swift?
Essa descida degradante e sem
volta para um estilo efeminado de adoração foi lenta, metódica e muito
lucrativa. Começou com o sentimentalismo do “Movimento de Jesus”[ii]
nas décadas de 60 e 70, quando a boa, saudável e bíblica teologia
ficou em segundo plano em relação aos sentimentos e às emoções.
Depois disso, surgiu o complexo industrial da adoração, agora dominado
por bandas como Hillsong, Bethel e Elevation Worship — organizações que perceberam
que havia dinheiro de verdade a ser ganho transformando a adoração em uma marca,
em vez de cultos que representassem um ato de reverência e adoração verdadeiramente
bíblica.
E, podem acreditar, isso vende muito
mesmo! O modelo de negócio é brilhante, do ponto de vista da carne...
pegue um refrão cativante e repetitivo – do tipo mantra causando lavagem cerebral,
injete uma linguagem vaga sobre desejo e proximidade – que seja bem sensual
e cheia de sussurros, e envolva tudo isso em um som ritmado, vibrante
cheio de jogos de luzes e altamente produzido, fácil de replicar.
Igrejas em todo o mundo devoram
tudo isso com ansiedade febril, sem saber (ou talvez até tenham
consciência) de que não estão participando de um culto, mas de uma indústria
bilionária. Direitos autorais de licenciamento, ingressos para shows,
vendas de álbuns — tudo impulsionado por uma música que dificilmente se
distingue de canções de romances e paixões seculares.
A congregação, por sua vez, ama
tudo isso e, na verdade, adora essa essência como sendo parte
indispensável dos cultos. Por quê? Porque eles não adoram a Cristo —
eles adoram suas próprias emoções. Eles vêm à igreja não para glorificar a
Deus, mas para buscar uma experiência, uma emoção, uma atmosfera. Quando fecham
os olhos e se balançam, não estão contemplando o peso do sacrifício de Cristo,
estão se entregando ao clima do momento.
A maioria das pessoas foi condicionada
a acreditar que a verdadeira adoração deve ser íntima, que a menos que se
sintam pessoalmente envolvidas em um abraço espiritual sonhador, elas não
“experimentaram” Deus.
A realidade mais gritante em tudo isso
é que esse movimento é impulsionado por mulheres. Entre em qualquer
igreja batista da convecção (sul) hoje e veja quem está liderando o culto. Na
maioria das vezes, são mulheres, em pé no centro do palco, com as mãos erguidas
e as vozes adornadas com vibratos dramáticos, adornos e roupas sensuais,
canções com suas vozes sussurradas.
Essa música degradante é ferramenta
primordial na construção de uma religião mundial ocultista, desde o Velho
Testamento:
Tu, ó rei,
fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da buzina, da
flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, e da gaita de foles, e de toda
a espécie de música, se prostrasse e adorasse a estátua de ouro; -
Daniel 3:10 (ACF, ênfase acrescentada)
3. E os homens que
deveriam liderar, como estão? Silenciosos. Passivos. Frouxos. Efeminados.
Abobalhados. Comprometidos “em nome do amor” com o erro e a apostasia.
Observando, inertes.
O papel de liderar o culto,
biblicamente e historicamente vinculado a homens encarregados de dirigir a
congregação na doutrina e na verdade, foi transferido para aquelas que não
foram chamadas nem ordenadas a liderar nessa função. Mas quem se importa com a
ordem bíblica quando o espetáculo é tão bom?
E o que de
mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis[iii],
que sejam idôneos para também ensinarem os outros. – II Timóteo 2:2 (ACF,
ênfase acrescentada)
Não é que as mulheres não devam cantar
ou fazer parte do coral — elas devem! Mas não, elas estão lá para se
apresentarem, para chamarem a atenção sobre si mesmas, para transformarem a
adoração em um espetáculo de si mesmas. As danças ensaiadas, as pausas
dramáticas, os solos, as roupas sensuais, apertadas, curtas, coladas,
rasgadas — não estão convidando as pessoas a levantarem suas vozes em
unidade a um DEUS Santo. Elas estão se centralizando a si mesmas como o
ponto focal da adoração, inserindo-se entre a congregação e Aquele que afirmam
estar exaltando.[iv]
E mais uma vez, os homens — frouxos, efeminados,
espiritualmente castrados — concordam inertes, sem vontade de liderar, sem
vontade de desafiar, sem vontade de restaurar a ordem. Assumem a posição do
“não julgueis”, defendem a unidade do comprometimento com o erro acima da
fidelidade a DEUS e à Sua Palavra! São líderes que não lideram, não confrontam
o erro, não cuidam e nem protegem o rebanho.
Mesmo os homens que lideram o canto atualmente
dificilmente são homens que agem como homens. Eles adotaram uma voz
suave e emotiva de suas colegas femininas, elevando a voz a falsetes
sobrenaturais, sussurrando, sem fôlego, doces palavras sobre Jesus, como se Ele
fosse sua paixonite do colégio. Uns efeminados!
Suas vozes tremem, seus olhos se
enchem de lágrimas ao menor esforço, e suas mãos agarram o microfone com um
desespero que faria até o vocalista de qualquer boy band mais
sentimentalista se arrepiar. Em vez de liderar com firmeza e fidelidade,
eles lideram com fragilidade, como se a adoração exigisse um colapso emocional
cuidadosamente preparado em vez de uma proclamação ousada da glória de Deus.
Michael W. Smith, Matt Maher, a
rotação interminável de sopranos masculinos da Hillsong — todos eles parecem
ter interpretado erroneamente a adoração como uma competição para ver quem
consegue soar mais emocionalmente frágil. Cada apresentação parece uma audição
para o papel do amante de coração partido, que se lança no abismo, à espera de
uma resposta que nunca chega.
Suas vozes não carregam o peso da
verdade, mas a dor delicada e suave de alguém escrevendo um diário sobre sua
mais recente decepção amorosa. Não há seriedade. Não há ousadia. Não há força.
Apenas um desfile de vozes efeminadas e trêmulas, agarrando-se desesperadamente
a cada sílaba como um poeta recitando “cartas de amor sob o luar pálido”.
Isso não passa de teatro: um balé
lírico de homens vestindo meias-calças muito apertadas e saltitando no palco!
E a congregação? Segue este triste exemplo,
imitando esse sentimentalismo, igualando vulnerabilidade à santidade e
deixando-se guiar por homens que parecem prestes a chorar a qualquer momento.
4. O Verdadeiro
Propósito Roubado
E neste mar de passividade, o
verdadeiro propósito da adoração é sufocado. Já se foram os dias em que a
congregação elevava suas vozes em hinos robustos e doutrinariamente sólidos,
onde os homens cantavam com a confiança de guerreiros declarando lealdade ao
seu Rei.
Agora, as vozes se perdem sob ondas de
instrumentação carnal, comercial e emotiva — baterias, guitarras
elétricas, sintetizadores super produzidos que abafam a congregação em vez de
apoiá-la. O objetivo da adoração pós-moderna não são mais as vozes
coletivas dos santos louvando ao Senhor em uníssono — é a performance da banda,
a manipulação da atmosfera, a hipnose generalizada.
Até mesmo o próprio ato de cantar em
grupo foi corroído e corrompido. A adoração, segundo as Escrituras, deve ser feita
em conjunto. As vozes dos santos, homens e mulheres, erguem-se em uníssono para
glorificar a Deus.
E, ouvindo eles isto, unânimes
levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o
céu, e a terra, e o mar e tudo o que neles há;- Atos 4:24 (ACF, ênfase
acrescentada)
Engrandecei ao SENHOR comigo;
e juntos exaltemos o seu nome. – Salmos 34:3 (ACF, ênfase
acrescentada)
Mas quando a adoração se torna
entretenimento, quando as músicas são projetadas para a performance em vez da
participação, a congregação deixa de fazer parte dela. Ela assiste. Ela se
balança. Ela fecha os olhos e deixa o espetáculo se desenrolar. A adoração foi
roubada das pessoas — e, em última análise, roubada de Deus — e entregue aos
profissionais, vendidos aos dinheiro, à fama, à carne e à sensualidade.
5. Um câncer dentro
das igrejas
A adoração efeminada não é um mero
incômodo — é um câncer. Ela amoleceu e efeminou os homens, elevou as mulheres
além de seus papéis bíblicos e transformou a exaltação de Deus em uma euforia
emocional autoindulgente.
Ela tomou a glória de Cristo e a
transformou em algo comercializável, lucrativo e completamente patético e
desprezível. E o pior? Os homens deixaram isso acontecer. Eles se recusaram
a liderar. Eles se recusaram a proteger a santidade do culto. Eles permitiram
que suas igrejas fossem feminizadas, suas vozes abafadas, sua liderança
usurpada. Eles compactuaram com a corrupção, deixando de proteger o rebanho
que não lhes pertencia!
E assim as igrejas balançam, olhos
fechados, mãos erguidas, sussurrando sobre como Jesus é “fácil” de amar.
E Ele está observando. E não está
satisfeito!
Fonte: The Dissenter, Christian Independent Press em 5 de fevereiro de 2025. Link para o original: https://disntr.com/2025/02/25/the-cancer-of-effeminate-worship-in-the-modern-church/. Traduzido e adaptado em 26 de junho de 2025. Revisão 00.
[i] Autora de
livros de estórias de ficção para adolescentes.
[ii]
O “Jesus Movement”, ou “Jesus People”, iniciou o movimento de rock
“cristão” e gospel (música cristã contemporânea) com várias bandas comerciais,
subvertendo igrejas tradicionais ao liberalismo, inclusão de estilo “hippie” e
avivamentos sensacionalistas que perpetraram vacuidade teológica entre os
jovens. A música que cunhou o movimento foi “Porque o diabo deveria ficar com
todas as boas músicas?”, do inconverso Larry Norman, chamado de “pai do rock
cristão”. Os grupos de jovens de igrejas atuais que se identificam com esta
apostasia rejeitam o tradicional, a teologia bíblica, usam roupas sensuais
(calças em mulheres, calças rasgadas estilo hippies) e enfatizam “liberalidade”
na adoração. Mas tudo isto é pura carnalidade e ausência de reais conversões.
[iii] Do grego “pistos”: confiáveis, confiantes, verdadeiramente
crentes, fiéis, cheios de fé, seguros, verdadeiros, cheios de firmeza, firmes
em seus valores e crenças.
[iv] Um dos sinais das igrejas em decadências são os
“grupos de louvor” que substituem um regente firme e fiel, a projeção de
cânticos que substitui o hinário físico e a preocupação em não “ofender”
aqueles que odeiam a ordem e a decência de cultos tradicionais e decorosos,
fundamentados no evangelho bíblico da sã doutrina.
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