CURA DIVINA
Por David
Cloud
A
seguir, um estudo bíblico sobre o assunto da cura divina:
1. A questão da cura divina tem sido confundida hoje pelos falsos
ensinamentos do movimento pentecostal-carismático.
A promessa absoluta de cura sempre fez parte desse movimento. A seguir,
temos alguns exemplos:
Oral Roberts (1918-2009). Seu primeiro livro em 1947 foi
intitulado If You Need Healing-Do These Things! (Se Você Precisa de Cura
– Faças Estas Coisas!) Ele listou seis passos para a libertação, o
primeiro sendo: “Saiba que a vontade de Deus é curar você”.
Kenneth Hagin, Sr. ensinou: “Assim como a salvação, a cura é um
presente. Como filhos de Deus, precisamos perceber que a cura nos pertence”.
Kenneth Copeland afirmou que “A doença é do diabo ... Deus nunca
usou a doença para disciplinar Seus filhos ... Não importa quantos anos temos,
é Sua vontade nos levar para casa curados, bem, inteiros e libertos”.
Morris Cerullo diz: “É a vontade de Deus curar todas as pessoas” ( Calgary Herald , Calgary, Alberta, 6 de junho de 1987).
2. A Bíblia em nenhum lugar condena médicos e remédios, mas adverte
sobre confiar no homem em vez
de Deus.
E, no ano
trinta e nove do seu reinado, Asa caiu doente de seus pés, a sua doença era em
extremo grave; contudo, na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR, mas antes os
médicos. – 2 Crônicas 16:12.
Assim
diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço,
e aparta o seu coração do SENHOR! – Jeremias 17:5
3. O ministério de cura de Cristo foi único.
O ministério de cura de Cristo não foi um exemplo que devemos imitar. Cristo
curou para provar que Ele era o Messias. Veja João 5:36; 10:37-38; 14:11;
15:24; 20:30-31.
4. O ministério de cura dos apóstolos também foi único.
Como Cristo, os apóstolos não fizeram milagres como um padrão para outros
crentes imitarem. Eles fizeram milagres como sinais de seu apostolado.
Pelos milagres, eles provaram que foram chamados por Deus para serem apóstolos
Os
sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por
sinais, prodígios e maravilhas. – 2
Coríntios 12:12
Veja Marcos 3:14-15; Atos 2:43; 4:33; 5:12, 15; 19:12.
Os apóstolos lançaram o fundamento para a igreja (Ef. 2:20), e quando eles
morreram seus dons de sinais cessaram, porque eles não eram mais necessários.
Se os milagres de sinais estivessem operando durante toda a era da igreja, eles
não poderiam ter sido eficazes como dons de sinais apostólicos.
Mesmo nas igrejas primitivas, todos os cristãos não podiam fazer os milagres.
As únicas exceções eram alguns homens sobre os quais os apóstolos tinham
imposto as mãos. Não havia experiência geral de milagres entre as primeiras
igrejas. Se houvesse, Paulo não poderia ter apontado sua habilidade de milagres
como um sinal especial. Se todos pudessem ter realizado milagres como algo
natural, os cristãos em Jope não teriam chamado Pedro para vir de Lida e
ressuscitar Dorcas dos mortos (Atos 9:36-42). O milagre de Pedro naquele dia
foi o “sinal de um apóstolo”.
5. O método adequado de ministrar aos doentes nas igrejas é descrito em
Tiago 5:13-18.
a. Considere os ministros
Aqui, os presbíteros da igreja são chamados para ministrar aos doentes, em vez
de alguém com o dom de cura. Os presbíteros não repreendem a doença ou expulsam
demônios, mas simplesmente ungem o doente com óleo e oram por ele.
b. Considere a doença
A palavra “doente” nos versículos 14-15 não se refere a uma coisa menor
como um resfriado. O versículo 15 indica que Tiago está se referindo a um tipo
de doença que faz com que alguém fique acamado, porque diz “o Senhor o
levantará”. Você não precisa ser “levantado” a menos que esteja acamado ou
tenha uma doença muito séria.
c.
Considere o chamado ( let
him call for the elders - KJB1611, ou
seja, “deixe que ele chame”, Tg 5:14).
O doente deve tomar a iniciativa neste assunto. Tiago não dá suporte aos
presbíteros correndo por aí com seu óleo, ungindo a todos.
d.
Considere o contexto (“Chame os presbíteros da igreja ”, Tg
5:14).
Este não é um ministério ou campanha de cura. Não é um sacramento realizado por
um padre. A prática descrita por Tiago pressupõe a filiação a uma igreja local.
Aqueles que desprezam os pastores-presbíteros e pensam que não precisam ser
membros de uma igreja são excluídos dessa prática.
e. Considere o procedimento (Tg 5:14-16)
Primeiro, a pessoa doente deve confessar suas culpas ou
faltas (Tg 5:16). O pecado pode trazer doenças, e o perdão vem pela
confissão. Veja João 5:14; 1:9; 1 Coríntios 11:29-30.
Observe
que somos instruídos a confessar nossas faltas, não nossos pecados . A
palavra grega padrão para pecado é harmartia , mas ela não é usada aqui.
Em vez disso, Tiago usa a palavra paraptoma, que se refere a “um
deslize, lapso, desvio ou erro” (Strong). Em outros lugares é traduzido como
“queda” (Rm. 11:11), “ofensa” (Rm. 4:25), “transgressão” (Mt. 6:14). Tiago
está nos instruindo a confessar aquelas faltas que são cometidas contra outros
irmãos. Ele não está nos pedindo para confessar nossos pecados mais
profundos que cometemos contra Deus. Esses são confessados a Deus diretamente.
Confessamos as faltas ao homem que cometemos contra o homem, e confessamos os
pecados a Deus que cometemos contra Deus.
“A
confissão mencionada é para 'faltas' com referência a 'um ao outro', isto é,
onde um feriu o outro; e nada é dito sobre confessar faltas àqueles a quem não
ferimos de forma alguma.” (Barnes).
Versões
modernas como a NIV e a NASV, assim como a Almeida
Atualizada, traduzem erroneamente “pecado” em vez de “culpas” – na KJB1611 faults, em
Tiago 5:16 porque seguem o texto grego corrupto de Westcott-Hort que substitui
a palavra paraptoma por hamartia.
A
confissão de faltas pode trazer vitória espiritual. Quando eu era um jovem
cristão, eu estava lutando para parar de fumar e tinha sido derrotado muitas
vezes. Finalmente, levantei-me durante uma reunião de oração de quarta-feira e
confessei isso à igreja e pedi que orassem, e nunca mais fumei desde então.
Deus me deu a vitória sobre esse hábito teimoso por meio da confissão e da
oração.
Em segundo lugar, o doente deve ser ungido com óleo em
nome do Senhor (Tg 5:14).
Ao invocar o nome do Senhor, Tiago está dizendo que esse procedimento deve ser
feito pela autoridade do Senhor. Ungir em nome do Senhor é reconhecer que
somente pelo Seu poder as pessoas são abençoadas; não temos poder em nós mesmos
e não há poder em rituais religiosos.
O fato de o doente ser ungido em nome do Senhor mostra que não é uma questão de
usar óleo como remédio para doenças (como em Lucas 10:34). É uma questão,
antes, de ungir com óleo cerimonialmente, como um símbolo do poder de cura do
Senhor.
Como Tiago não diz que tipo de óleo deve ser usado ou como a unção deve ser
feita, isso cabe a cada igreja decidir. Pode ser azeite de oliva, óleo de bebê
ou óleo vegetal. Os presbíteros podem ungir a cabeça, a testa ou a cabeça, as
mãos e os pés.
Terceiro, deve-se “orar sobre o doente”
ou orar por ele (Tg. 5:14). A oração
é mencionada sete vezes em Tg 5:13-18; assim, a ênfase está na oração em vez de
no óleo ou na unção.
O que é o
oração de fé ? Não é fé que Deus certamente curará, mas fé que Deus realizará
Sua vontade perfeita. Compare Hebreus 11:6. Deus requer que acreditemos que Ele
é um galardoador daqueles que O buscam diligentemente. Como Ele recompensa é o
Seu negócio. A oração da fé é fé na bondade de Deus para fazer o que é certo e
melhor em Sua vontade perfeita naquela situação particular. O primeiro
princípio da oração é que ela deve ser submetida à vontade de Deus (“se
pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade”, 1 João 5:14-15). Isto é o que
Jesus ensinou (“seja feita a tua vontade”, Mateus 6:9-10).
f. Considere a promessa
Esta não é uma promessa de cura em todos os casos. Para
interpretar corretamente a Bíblia, devemos comparar Escritura com Escritura, e
em outros lugares vemos que Deus nem sempre cura.
Paulo disse que o crente vive em um corpo de morte (Romanos 7:24). O corpo
permanece sob a maldição da morte por causa do pecado e o processo de
envelhecimento é parte dessa maldição. Todo crente morrerá de alguma doença,
exceto aqueles que forem transladados no Arrebatamento (1 Cor. 15:51-54).
Timóteo não foi curado sobrenaturalmente de suas frequentes enfermidades
(1 Tim. 5:23).
Trófimo não foi curado quando estava doente em Mileto (2 Tim. 4:20).
Paulo não foi curado da doença descrita em 2 Coríntios 12:7-10. A
palavra grega ασθενεια
(astheneia) para:
·
“fraquezas” – na KJB1611 “infirmities” ou “enfermidades”, (2 Cor. 12:10)
·
é traduzida em outro lugar
como “enfermidade” – na King1611 “sickness”
ou “doença/moléstia” (Jo.
11:4)
·
e “enfermidades” – KJB1661
“diseases”, (Atos
28:9); e “doente” – KJB1611 “sick”
(2 Tim. 4:20).
Três
vezes Paulo pediu a Deus para tirar essa aflição, mas a Bíblia diz que o SENHOR
se recusou a fazê-lo. Foi dito a Paulo que essa enfermidade era algo que Deus
queria que ele tivesse para seu bem-estar espiritual. Ao saber disso, Paulo se
rendeu à vontade de Deus e sabiamente disse:
Por isso sinto prazer nas
fraquezas (i.e., enfermidades), nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então
sou forte. (2 Cor. 12:10).
Este é
um exemplo perfeito para os cristãos de hoje. Devemos orar por cura e
libertação de outros tipos de provações, mas quando Deus não cura e não nos
liberta, devemos nos curvar à Sua vontade e aceitar essa situação como algo da
mão de Deus. Isso não é falta de fé; é obediência sábia à soberania do Deus
Todo-Poderoso.
Além disso,
Tiago não promessa imediato cura. Tiago não diz quando ou como Deus fará isso.
Observe também que Tiago não diz que Deus “curará os doentes”; ele diz que Deus
“salvará o doente” (Tg 5:15). Salvar os doentes envolve mais do que
apenas curar seu corpo físico. Em Isaías 63:9, refere-se a tudo o que Deus faz
por nós. Há também cura espiritual (Hb 12:13). Deus salvou Paulo na situação
descrita em 2 Coríntios 12:7-10, dando-lhe sabedoria para aceitar a provação.
Sabemos que Deus frequentemente cura os doentes, mas a oração bíblica é pedir
em vez de exigir. Se a “oração de fé” sempre curasse os doentes, nenhum crente
morreria, enquanto sabemos que todos os crentes nos últimos 2.000 anos morreram.
Além disso, Paulo via a morte como uma vantagem (Fp. 1:23).
6. Os curadores pentecostais-carismáticos não podem curar.
Apesar de suas alegações, os "curandeiros" pentecostais-carismáticos não são mais bem-sucedidos na cura do que quaisquer outros crentes. A documentação para os fatos a seguir pode ser encontrada em nosso livro The Pentecostal-Charismatic Movements , que está disponível na Way of Life Literature em versões impressas e e-book.
A edição de março de 1952 de sua revista Healing Waters (Águas
Curativas) tinha “três grandes médicos” na capa se gabando de Roberts,
mas isso foi exposto como uma mentira. Eles não eram médicos de verdade. O
pastor Carroll Stegall investigou as alegações de cura de Roberts e não
encontrou nenhuma mudança em ninguém. Um médico de Toronto examinou 32 pessoas
que supostamente foram curadas pelo ministério de Roberts e não encontrou
nenhum caso de cura. Pelo menos um morreu. Em uma reunião de cura no Texas em
1950, uma tempestade derrubou a tenda de cura e 50 pessoas tiveram que ir para
o hospital. Entre 1951 e 1959, cinco pessoas morreram nas reuniões de cura de
Roberts. Em 1977, Roberts afirmou que Deus lhe ordenou que construísse um
hospital, e em 1980 ele afirmou ter visto um Jesus de 900 pés de altura
(274,0m) que prometeu que pagaria todas as contas do hospital e que seria um
sucesso; mas em 1989, o hospital fechou por causa de dívidas.
Suas campanhas de cura em 1946 foram o início do moderno reavivamento de
cura pentecostal. Ele afirmou que um anjo sempre estava ao seu lado e lhe dizia
o que dizer. Ele disse que conseguia distinguir tipos de doenças pelas
vibrações em sua mão. Temos o testemunho pessoal de Alfred Pohl, um
ex-pentecostal, que trabalhou em uma das cruzadas de Branham em Saskatoon,
Saskatchewan. Pohl orou pelos pacientes acamados que foram transportados para a
reunião e declarou que todos eles estavam curados, mas muitos morreram logo
depois. Um jornal local verificou as curas relatadas e não conseguiu confirmar
sequer um caso genuíno.
O cirurgião William Nolen publicou o livro A Doctor in Search of a
Miracle (Um Médico em Busca de Um Milagre) sobre sua tentativa de encontrar
casos de pessoas que foram genuinamente curadas pelo ministério de Kuhlman. Ele
não encontrou nenhum caso assim.
Kurt Koch examinou 28 supostas curas que ocorreram sob o ministério de Kuhlman
em Minneapolis, mas não encontrou nem mesmo “um caso claro de cura de uma
doença orgânica”.
Eles tinham um ministério de cura de amplo alcance e alegavam que a cura
é prometida por Deus e que todo cristão pode curar os outros. Durante uma
cruzada de cura nas Filipinas, Frances Hunter teve que ir ao médico por causa
de uma doença, e outra vez ela teve que ser transportada para casa em uma
cadeira de rodas. Charles Hunter alegou que podia curar a calvície, mas ele foi
calvo até sua morte.
Damos muitos outros exemplos desse tipo de coisa no livro The Pentecostal-Charismatic Movements , www.wayoflife.org
.
7. A Bíblia alerta sobre falsos milagres no fim dos tempos.
Toda vez que o Novo Testamento menciona milagres no contexto do fim da
era da igreja, ele está sempre se referindo a milagres falsos e demoníacos.
Jesus alertou que os falsos mestres seriam tão espertos e convincentes que
enganariam os próprios eleitos, se possível.
Veja Mateus 24:24; 2 Tessalonicenses. 2:7-9; Apocalipse 13:13-14.
8. Nós acreditamos na cura divina, mas não
acreditamos que haja uma promessa absoluta de cura.
Acreditamos na cura divina em resposta à oração, mas não acreditamos em “curandeiros divinos”.
Eu pessoalmente experimentei a cura divina várias vezes. Na década de 1980, fui
curado quase instantaneamente de uma doença intestinal grave por meio das
orações de um amigo pastor. Eu havia contraído a doença intestinal no Nepal, e
geralmente ela é curada apenas por antibióticos. Mais recentemente, tive
pancreatite aguda, que é uma doença muito grave e pode até resultar em morte,
mas muitas pessoas oraram por mim e em poucos dias eu pude viajar ao redor do
mundo e pregar dezenas de vezes em conferências bíblicas com saúde perfeita,
sem efeitos colaterais.
Nosso amigo Paul Timmerman experimentou a cura divina em 1971. Enquanto
trabalhava como piloto de hidroavião e helicóptero na Guarda Costeira dos EUA,
ele desenvolveu tumores na parte interna dos pulsos com cerca de 1,5 polegada
de altura, o que prejudicou sua capacidade de voar. Após exames médicos, foi
determinado que os tumores deveriam ser removidos cirurgicamente e ele entrou
no hospital para esse propósito. Após a preparação para uma cirurgia matinal,
ele passou a noite no hospital. Ele pediu ao Senhor que o curasse
sobrenaturalmente se fosse Sua vontade, e pela manhã os médicos ficaram
surpresos ao não encontrar nenhum tumor.
A esposa
do evangelista Al Lacy teve um rim removido, e oito anos depois seu rim
restante foi diagnosticado como quase morto. Os médicos disseram que ela tinha
um ano de vida no máximo. Lacy chamou os diáconos da igreja e eles a ungiram
com óleo e oraram, e ela tinha vivido mais de 25 anos quando ele deu este
testemunho na Igreja Batista Bíblica de Oak Harbor, Washington, no início dos
anos 1990.
O
evangelista Monroe Parker experimentou a seguinte cura em 1932: “Eu tinha uma
erupção cutânea no peito causada por comer muitos morangos. Eu cocei e
infeccionei. Pensando que era eczema, coloquei remédio para eczema, e isso
irritou. Eu pregava muito em todos os cultos e suava tanto que minhas roupas
grudavam no meu peito dolorido; e o único alívio que eu conseguia era despir
meu peito e deitar de costas e abanar. ... Fechei as reuniões de York [Alabama]
na sexta-feira à noite e fui para Thomasville, Geórgia, para uma campanha em
toda a cidade começando no meu vigésimo terceiro aniversário, 23 de junho de
1932. ... Eu estava sofrendo de uma infecção que cobria a parte da frente do
meu corpo, nessa época dos meus ombros aos meus joelhos. Caí de joelhos e
gritei de dor, e disse: ‘Senhor, se você quer que eu vá para Thomasville,
Geórgia, você terá que me curar. Caso contrário, irei para o hospital’. Então
me levantei e caí de costas na cama com minhas roupas, pensando que me
levantaria em alguns minutos e me prepararia para dormir. Mas caí em um sono
profundo e não acordei até as oito horas da manhã de domingo. A infecção e a
dor tinham desaparecido. Foi um milagre que Deus realizou em resposta à oração
e para me levar para Thomasville, Geórgia, onde Ele me usaria
significativamente. Eu acredito na cura divina, mas não acredito em ‘curandeiros
divinos’ humanos. Toda cura é divina, seja por meio do sono, repouso, remédios,
cirurgia, dieta, fisioterapia ou um milagre de Deus.” (Through Sunshine
and Shadows – Através da Luz do Sol e das Sombras, Sword of the Lord, 1987,
pp. 112, 113).
O que se segue é o relato da cura da mãe do pastor Steve Boots, conforme
contado por seu pai, o pastor Joe Intagliata:
“Quando nossa filha, Carri, tinha apenas nove anos, ela começou a sentir uma
dor leve. Logo, ela começou a sentir uma dor intensa. Ela começou a chorar à
noite e sua mãe a levava para uma cadeira de balanço no andar de baixo e a
embalava a noite toda. Isso continuou por três noites seguidas. Então a levamos
ao nosso médico de família regular. Ele a encaminhou para um podólogo porque
eles suspeitaram de um esporão ósseo no calcanhar direito. Ele aplicou um gesso
no pé e tornozelo direitos dela, chegando a cerca de 10 polegadas do calcanhar.
Parecia não haver sucesso em reduzir a dor que ela estava sentindo, então ele
decidiu encaminhá-la para um pediatra.
“Após examinar Carri, ele a diagnosticou com artrite reumatoide juvenil. Então
fomos enviados para o Hospital da Universidade de Michigan em Ann Arbor, MI,
para confirmação do diagnóstico, que retornou positivo. O pediatra queria uma
biópsia do tecido da panturrilha direita dela. Ela foi hospitalizada para essa
biópsia e, naquele momento, eles tiveram que remover o gesso para obter a
biópsia da área certa. Após a remoção do gesso, eles descobriram que o pé dela
estava virado para dentro em um ângulo de 45°. A mãe dela estava com ela
naquele momento, e eles chamaram um cirurgião ortopédico para examinar o pé
dela. O diagnóstico dele foi que ela tinha rotação tibular congênita . Eles
disseram que teriam que quebrar a perna dela e girar o osso. Quando informaram
a mãe dela sobre o diagnóstico, ela imediatamente me ligou no trabalho. Pedi
para falar com o pediatra e perguntei a ele qual é a definição de congênito?
Ele disse: ‘É algo que está lá desde o nascimento’. Eu disse a ele que o pé não
estava virado 45 graus antes do gesso ser aplicado. Eu disse então que o
diagnóstico dele estava errado. Ele respondeu: ‘Você sabe quem está desafiando?’
Não importa quem seja, ele está errado. Ele disse: ‘Eu concordo. Faz todo o
sentido’.
"O
pediatra então prescreveu os medicamentos normais para artrite reumatoide
juvenil. Conforme o médico aumentava a força dos medicamentos, eles atingiam o
nível tóxico. Carri também desenvolveu um transtorno compulsivo no cérebro que
a fazia desmaiar sem aviso. Os resultados para seu físico foram visão turva,
zumbido nos ouvidos, úlcera estomacal e, de vez em quando, um galo na cabeça.
“Em uma reunião no Hospital da Universidade de Michigan, eles nos disseram para
esperar que ela estivesse em uma cadeira de rodas, possivelmente suas mãos
amarradas a pás para evitar possível desfiguração, e ela não seria capaz de ter
filhos.
“Passamos mais de um ano e meio tentando controlar seus sintomas e as repetidas
visitas ao médico. Em 13 de fevereiro de 1974, fui salvo colocando minha
confiança em Jesus Cristo como meu Salvador por meio da fé e do arrependimento.
No dia seguinte, a caminho de casa de uma consulta no hospital universitário,
Carri disse: ‘Pai, por favor, pare o carro, quero ser salva’. Lá, na lateral da
rodovia 23 em Michigan, Carri confiou em Cristo como seu Salvador. Então, sua
mãe foi salva em 23 de setembro de 1975.
“Pelo ano e meio seguinte, estávamos na igreja em todos os cultos. Mamãe e eu
ensinamos a Carri a Palavra de Deus e oramos por ela. Então, em uma manhã de
domingo, Carri foi à frente após o culto. Fui com ela para orar por ela. O
pastor veio até ela para perguntar por que ela tinha vindo à frente. Ela disse
a ele que veio para descobrir se Jesus queria curá-la. Ele disse que chamaria
os diáconos e ungiria você. Ela o parou e disse: ‘Vim para ver se Ele quer me
curar, não para ser ungida’. O pastor olhou para mim e disse: ‘Isso é muita
sabedoria para uma criança de doze anos. Vamos esperar que o Senhor dirija’.
Durante a semana seguinte, Carri foi até a mãe e disse: ‘Eu acredito que Jesus
quer me curar’.
“No domingo seguinte, Carri foi à frente novamente e disse ao pastor: ‘Eu
acredito que Jesus quer me curar. Você pode chamar os homens e me ungir’. O
pastor então chamou os diáconos para trazerem o óleo. O pastor a ungiu, e nós
colocamos as mãos em sua cabeça e ombros e oramos. Quando ela se levantou, ela
disse que o zumbido nos ouvidos havia sumido, assim como a queimação em seu
estômago, e sua visão estava clara. Louvado seja o Senhor por Sua misericórdia
e graça!
“Nós a levamos ao pediatra e ao hospital universitário e ambos disseram que não
havia mais nenhuma evidência de artrite reumatoide juvenil.
“O pediatra perguntou o que aconteceu, e nós dissemos que Jesus Cristo a curou
e recebe toda a glória. Ele respondeu dizendo: ‘Eu preciso de Jesus para mais
pacientes meus’.
“Carri se casou e não apenas não ficou sem filhos, mas teve 10 filhos.”
9. O crente é chamado a viver pela fé, não pela vista, neste mundo presente.
Veja Romanos 8:24; 2 Coríntios 4:7-11; 5:4-7; Hebreus 11:1, 6, 13.
Ainda não possuímos nossa redenção completa – falta a do nosso corpo, ver
Romanos 8:23, mas a aguardamos pela fé. Cada crente deve imitar a atitude da
escritora de hinos Fanny Crosby. Ela era cega de nascença, mas não reclamava.
Quando criança, ela escreveu o seguinte:
Ó, que alma feliz eu sou!
Embora eu não possa ver,
Estou decidida que neste mundo,
Contente eu serei.
Quantas bênçãos eu desfruto,
Que outras pessoas não.
Chorar e suspirar porque sou cega,
Não posso, e não vou.
VERSÍCULOS USADOS PARA APOIAR A DOUTRINA PENTECOSTAL DE CURA
Isaías 53:5
A ênfase de Isaías 53:5 está na cura espiritual. Compare com 1 Pedro 2:24.
A salvação tem duas partes: espiritual, que é a parte principal da salvação que
desfrutamos nesta vida, e física (a redenção dos nossos corpos), que
desfrutaremos na próxima vida. Grande parte da nossa salvação ainda é futura.
Veja Romanos 8:22-25. Esta passagem descreve a vida cristã neste mundo presente
como:
·
aflições, sofrimentos (v.
18),
·
expectação, espera (v. 19),
·
servidão da corrupção, escravidão
a este corpo presente de pecado (v. 21)
·
e gemido (v. 22).
João 14:12
Primeiro, não pode significar que os crentes farão milagres maiores do
que Cristo fez, porque nenhum milagre maior poderia ser feito. Além disso,
ninguém desde então foi capaz de fazer tais milagres.
O que João 14:12 quer dizer é que os crentes fariam obras maiores do
que Cristo, não milagres maiores. As obras maiores são coisas como pregar o
evangelho até os confins da terra e ver multidões salvas.
Salmo 103:3
Os dois métodos mais importantes de interpretação da Bíblia são o contexto e a
comparação das Escrituras com as Escrituras.
Quando examinamos o contexto do Salmo 103:3, vemos que o salmista está
descrevendo a bondade geral de Deus para com os crentes. A declaração de que
Ele cura todas as nossas doenças não significa que Ele sempre cura todas as
doenças, assim como a declaração no versículo cinco não significa que Ele
sempre renova nossa juventude. Sabemos que os crentes, assim como os
descrentes, envelhecem, adoecem e morrem. Isso porque o salário do pecado é a
morte e cada um de nós pecou (Romanos 3:23; 6:23).
Além disso, quando comparamos Escritura com Escritura, sabemos que há casos em
que Deus não cura. Já vimos três desses casos no Novo Testamento: Timóteo (1
Timóteo 5:23), Trófimo (2 Timóteo 4:20) e Paulo (2 Coríntios 12:7-10).
Fonte: Divine Healing, David Cloud, Way of Life Literature, P.O. Box
610368, Port Huron, MI 48061
866-295-4143, fbns@wayoflife.org. Traduzido e
adaptado em 21 de outubro de 2024. Todas as citações bíblicas são da versão
Almeida Corrigida e Fiel ao Texto Original da SBTB. Revisão 00.
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