Boas
Igrejas Arruinadas
Por Más Associações
4 de
outubro de 2023
(artigo
adaptado do original publicado pela primeira vez em 4 de setembro de 2012)
E rogo-vos, irmãos, que
noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes;
desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas
ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos
simples. – Romanos 16:17-18
O texto a seguir foi
baseado em tradução e adaptação de trecho publicado de parte do livro “Why
Most Independent Baptist Churches Will Be Emerging within 20 Years” (Por Que A Maioria Das Igrejas Batistas
Independentes Estarão Emergindo Dentro De 20 Anos. 2017).
...A maioria das
igrejas batistas independentes estão bem adiantadas no caminho contemporâneo
da renovação carismática e da apostasia. Listamos abaixo alguns dos motivos
para essa previsão:
· Mornidão, impiedade,
mundanismo – igrejas carnais que não se importam com o
discernimento espiritual que conduz à santidade;
· Superficialidade
bíblica – falta de conhecimento doutrinário sólido e, na maioria
dos casos, pedantismo característico da chamada era digital;
· Falta de oração – orações
superficiais e egocêntricas, reuniões de orações esvaziadas, pouco tempo para
orações;
· Malignidade em
advertir e reprovar – recusam-se a repreender seus membros mas,
principalmente, recusa em advertir a respeito dos chamados “heróis batistas”
que cometeram falhas graves, ignorando suas apostasias e pecados graves;
· Lealdade
inquestionável ao homem –invasão do humanismo, membros tratado
como um tipo cliente que precisa ser satisfeito, nunca contrariado, orientado
ou disciplinado quando necessário;
· Seguir a multidão –
fazer o que todos fazem, aproveitar o momento, seguir os modismos, falar a
mesma linguagem do mundo;
· Pragmatismo e grandeza numérica
– igrejas que visam a quantidade ao invés da qualidade de seus membros, batismo
a qualquer custo sem que o membro apresente sinais de conversão, mentalidade do
igrejas cheias/igrejas boas e perigosa compreensão de que “trabalho crescendo
numericamente” é trabalho abençoado, sem submissão a testes bíblicos de exames
espirituais;
· Ignorância sobre
questões importantes – teologia doutrinária superficial e sem
fundamento, instruções muito mais psicológicas que doutrinárias;
· Separatismo suave – afastamento
leve, ameno e fraco de igrejas e irmãos desobedientes e mundanos, recusa em
exercer a separação eclesiástica bíblica conforme Deus ordena;
· Falta de discipulado
sério – ênfase numérica e não no ensino sólido, batizar é mais
importante que discipular, quantidade é mais importante que qualidade;
· Descuido com a música –
falta de zelo, falta de critério, desconhecimento e ausência de interesse, dois
tipos de músicas para os “crentes” sendo uma na igreja e outra em casa, músicos
descompromissados com santificação;
· Oração rápida – a
doutrina de que se você repetir a oração rapidinha em “aceitar” Jesus, você
será considerado salvo, mesmo que não haja qualquer evidência de novo
nascimento.
Uma igreja não
precisa ser culpada de todas essas coisas para ser candidata a se tornar
emergente. Tudo o que precisa fazer é ser culpada de dois deles:
· SEPARATISMO SUAVE,
porque o separatismo brando constrói pontes para as igrejas erradas e os
pregadores errados que atuam como canais para outras áreas de compromisso
entrarem na congregação, e...
· REJEIÇÃO DA
ADVERTÊNCIA E DA REPREENSÃO em relação aos “heróis
batistas fundamentais”, o que torna impossível educar completa e adequadamente
sobre e separar uma igreja do compromisso que está se espalhando tão
rapidamente entre os batistas fundamentalistas.
· Um pastor que não
está disposto a ouvir advertências e reprovações sobre os seus heróis e não
está disposto a permitir que a sua congregação considere tais advertências é
culpado de dar lealdade inquestionável ao homem, por isso estes assuntos estão
intimamente associados.
Considere a recusa de
muitos em ralação às advertências e reprovações sobre os erros gravíssimos,
senão apostasias comprovadas, de Billy Graham, Martin Luther King Jr., Peter
Ruckman, Jack Hyles, Jack Schaap, John Piper, entre outros exemplos.
Há várias igrejas
bastante fortes, pastoreadas por homens que não são culpados da maioria dos
problemas anteriormente descritos. Estes pastores não são descuidados com a
música nos cultos, pelo menos por enquanto.
No entanto, devido à
influência de pregadores batistas fundamentalistas mais fracos com os quais
estão associados, a adoração contemporânea e a música gospel contemporânea
estão se espalhando por suas congregações.
Eles não praticam a “oração
rapidinha” e acreditam na necessidade do arrependimento para a salvação e não
se apressam em proclamar pessoas salvas quando não há evidências. Seu objetivo
são a glória de DEUS e as verdadeiras conversões, e não meros números de
profissões de fé e quantidade de membros.
Eles estão se
esforçando em discipular as pessoas e educá-las biblicamente de modo sério e
sólido. Seu ministério de púlpito (pregação/exortação/ensino/exemplo) não é
superficial. Estes pastores não são homens orgulhosos e exortam o povo a provar
o seu ensino pela Palavra de Deus. Há muitas coisas bíblicas sólidas em vigor
nessas igrejas.
Eles têm elevados
padrões morais e a pregação chega até onde as pessoas vivem. Eles têm zelo pelo
evangelismo e uma compreensão bíblica do evangelismo mundial. No momento, estas
igrejas são capazes de construir vidas e lares cristãos saudáveis e discipular
os jovens.
Mas este
alerta é sobre o futuro. Não é uma advertência sobre grandes
erros, mas sobre um “pequeno fermento”. É sobre como certos “pequenos
fermentos” dos quais as igrejas batistas fundamentalistas são comumente
culpadas, que se originam da tradição popular, acabarão por levedar toda a
massa.
O problema com muitas
boas igrejas batistas fundamentalistas são as suas associações. O problema
reside na questão de saber com quem os pastores destas igrejas se associam,
quem convidam para pregar, quais livros recomendam, que escolas promovem, que
conferências frequentam e sobre quem se recusam a alertar.
A grande maioria dos
pastores batistas tem baseado seus ensinos, pregação e vida em teologia
reformada que, atualmente, tem empurrado várias igrejas para a condição
contemporânea do criticismo textual, amilenista, alegorista e emergente. A
grande maioria dos pastores batistas desconhece, ou mesmo ignora, os bons
materiais batistas históricos, doutrinários, fundamentalistas e separatistas.
Se uma igreja não for
culpada de estar comprometendo essas importantes áreas de separação... ainda
assim, se essa igreja se afiliar a homens que são culpados dessas coisas, essa
igreja será corrompida por sua afiliação, assim como certamente seriam se fosse
culpada de comprometimento aberto nas demais áreas.
Aqueles que não
estreitarem significativamente suas associações nestes dias de apostasia irão
“descer pelo ralo” juntos, os bons com os maus, porque há um número crescente
de pregadores batistas fundamentalistas que não são homens de aguçado
discernimento espiritual e que estão comprometidos com um caminho do
compromisso (embora, normalmente, neguem esta acusação).
A Palavra de Deus
adverte:
Não vos
enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. (1 Coríntios 15:33).
À luz do comprometimento
doutrinário e prático generalizado e da rápida mudança que é evidente em todas
as igrejas batistas fundamentalistas, é hora de um movimento de saída e
afastamento entre elas, muito mais do que um movimento de “amigos batistas
independentes”.
A
igreja emergente não tem como alvo pregadores fortes. Eles têm como alvo seus
filhos e netos. Eles têm como alvo a próxima geração. A questão é se estamos ou
não permitindo que sejam construídas pontes para as coisas erradas, pontes que
a próxima geração irá atravessar.
Se conheço um pastor “batista
fundamentalista independente” que não se afasta das más associações, que se permite
e que permite que sua congregação ouça hinos na igreja e música mundana (rock)
em suas vidas particulares sem qualquer critério ou repreensão, isso é um sinal
de grande alerta e devo estar disposto a me afastar de tal comportamento
reprovável a fim de evitar que minha própria congregação seja contaminada pelo
erro e apostasia. Os nossos jovens não serão influenciados apenas por nós; eles
serão influenciados por aqueles com quem nos associamos.
A propósito, de onde
tiramos a ideia de que nenhuma advertência deveria ser dada em relação aos
“bons” homens e igrejas? Essa é uma das tradições antibíblicas que os batistas
fundamentalistas herdaram de seus antepassados. Jesus reprovou a boa igreja de
Éfeso, pela mesma razão que Ele a amava e queria vê-la prosperar e não ser
destruída. Paulo reprovou o bom pregador Pedro porque ele amava a Cristo e a
verdade e não queria ver a hipocrisia destruir a obra de Deus. O profeta Jeú
reprovou o bom rei Josafá por sua transigência porque Deus lhe ordenou que
fizesse isso e o profeta temia a Deus mais do que aos homens.
Vejamos um homem como
Shelton Smith, de A Espada do Senhor. Ele falou em setembro de 2012 na igreja
de Tom Neal na Flórida, e Neal é o maior adorador vivo de Jack Hyles. Neal
publicou um artigo (Independent Baptist Contender – Contendor Batista
Independente) dedicado a “perpetuar e proteger os princípios e filosofias do Dr
Jack Hyles”. Numa carta que ele escreveu para explicar sua ausência da Escola
de Pastores da Primeira Igreja Batista de Hammond em 2001 – após a morte de
Hyles em fevereiro daquele ano – Neal disse:
“Já foi dito sobre
mim, e considero um grande elogio, que Tom Neal tem tudo a ver com Jack Hyles.
Minha agenda era agradá-lo. ... todo sucesso que tenho devo à Escola de
Pastores e ao Dr. Hyles ... É meu desejo que Jesus e o irmão Hyles, tenham
orgulho de mim.” (29 de março de 2001, reproduzido em
http://jackhammer.wordpress.com/2007/10/19/kneeling-tom-neal/).
A edição de
novembro-dezembro de 2002 do “Neal’s Independent Baptist Contender” mencionou
Hyles pelo menos 95 vezes pelo nome e apresentou um artigo intitulado “The Mind
of Dr.
Enquanto os
verdadeiros cristãos bíblicos procuram a mente de Cristo, os cultistas procuram
a mente do seu líder humano. Isso é maldade. É heresia. É idolatria. Não é o
cristianismo bíblico. É um culto, uma seita. Se não nos separarmos de Jack
Hyles, de Jack Schaaps e de Tom Neals, não devemos nos separar de ninguém.
(Observação: Jack Schaap
foi preso por cometer adultério com uma adolescente e transportá-la através das
fronteiras estaduais para facilitar seu pecado, mas ninguém deveria ter
precisado esperar até que Schaap estivesse na prisão para saber que ele era
alguém de quem deviam se afastar e separar.)
No entanto, Shelton
Smith faz parte desta multidão centrada no homem. Em vez de reprová-los, ele se
junta e se une a eles. Isso faz parte de uma ampla rede de bons e velhos amigos,
de uma rede mútua de apoio. Porém os homens que se preocupam com a verdade, se
preocupam com a próxima geração e se preocupam com suas igrejas que precisam se
separar disso.
Os pregadores que
continuam a associar-se com esta multidão estão a construir pontes através das
quais estas influências entrarão em suas igrejas e eventualmente as fermentará,
independentemente do que mais façam de correto nos seus ministérios pessoais. Todo
pregador que não é um guerreiro e não é um separatista declarado é um
transigente.
Voltemos à questão
musical. Existem pastores batistas fundamentalistas que usam apenas música
sacra, na igreja o em seu lar, e que se preocupam com esta questão, mas eles se
associam em nível ministerial com homens que são descuidados com a música,
homens que brincam com o fogo da música de adoração gospel contemporânea e que
a justificam, até mesmo enquanto fingem enganosamente que são contra o gospel
contemporâneo. Homens que tocam o rock gospel contemporâneo, mas fingem que são
contra a música gospel contemporânea. Tais associações são transigentes e irão
prejudicar as igrejas destes pastores a longo prazo.
Considere o seguinte
exemplo da vida real:
“Há adolescentes em
nossa igreja pensando em fazer faculdade, e tivemos um grupo de turnê de verão
do West Coast Baptist College. Minha esposa e eu experimentamos seus CD’s e...
era [principalmente] o estilo moderno, assim como o canto deles na igreja.
Depois tivemos um grupo do Grace Baptist College, em Michigan. Eles estavam
totalmente alinhados com estilos de canto mundanos e músicas gospel “atenuadas”
(algumas delas posso reconhecer pela ênfase em si mesmo – egocentrismo, e nos
sentimentos - autoestima). O ensino e a pregação do pastor são simplesmente
MARAVILHOSOS depois de muitos anos em uma igreja de culto do tipo Jack Hyles,
que pregava as opiniões do pastor e mensagens de “como fazer” em vez das
Escrituras. Mas a questão da música me incomoda. Nossa própria música sacra, a
que catamos durante os cultos e os serviços na igreja, está quase que
inteiramente baseada em música do hinário batista e não tem nenhum indício de
material gospel. Mas, enquanto nada é dito sobre estes grupos turísticos com
que a igreja tem se associado, temo que seja apenas uma questão de tempo.”
Esta igreja está na
ladeira escorregadia do comprometimento com a apostasia que sempre acompanha a
música cristã contemporânea gospel, e rejeitou as próprias vozes de advertência
e ensino que poderiam ajudá-la a dar a volta por cima antes que seja tarde
demais. Uma das coisas mais sábias que este pastor poderia fazer seria mostrar
as apresentações de vídeo acima mencionadas à sua congregação, mas a sua
lealdade antibíblica a um homem não permitirá isso, uma vez que estas
apresentações alertam sobre o que Paul Chappell está fazendo.
Podemos prever, sem
sombra de dúvidas, que esta igreja sucumbirá à onda emergente dentro de duas
décadas, possivelmente antes. Hoje é uma igreja onde o povo de Deus pode
frequentar e ser alimentado, fortalecido e discipulado e onde pode encontrar a
vontade de Deus e criar os seus filhos para Cristo. Tais igrejas são raras hoje
em dia, mas as sementes da destruição estão sendo plantadas de modo que serão
muito mais raras dentro de alguns anos.
Por causa do comprometimento
com a apostasia, da separação suave e da exaltação indevida do homem, por causa
das pontes tolas que estão sendo construídas para o mundo da música cristã
contemporânea através da influência dos heróis batistas fundamentalista de tal
pastor, a igreja eventualmente não será um lugar seguro para criar filhos
piedosos que estão separados do mundo. E isso acontecerá mais cedo do que a
maioria das pessoas pensa.
É por isso que devemos
continuar a levantar nossas vozes, embora possamos ser condenados ao ostracismo
por homens que deveriam ser nossos melhores amigos na batalha pela verdade.
Mandamo-vos,
porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o
irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. (2
Tessalonicenses 3:6).
O temor
do homem armará laços, mas o que confia no SENHOR será posto em alto retiro. (Provérbios
29:25).
Mas agora
vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for
devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com
o tal nem ainda comais. (I Coríntios 5:11)
Artigo
baseado traduzido, organizado e adaptado. Pr M. Maciel, outubro, 2023. Revisão
00.
Fonte: https://www.wayoflife.org/reports/good_churches_ruined_by_bad_assoc.html
Todas
as versões são da Bíblia Almeida Corrigida e Fiel ao Texto Original, da
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, tendo como base a versão da King
James Bible 1611.
Bibliografia:
1. Why Most Independent Baptist Churches will be
Emerging. First published January 4, 2001. E-book gratuito do material original
em inglês disponível em https://www.wayoflife.org/free_ebooks/downloads/Why_Most_IBCs_Will_Be_Emerging.pdf
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