Razões Bíblicas Para o Crente Não Ir ao Cinema - “Sede sóbrios...” (cf. I Pedro 1:13; 4:7, 5:8)

 

Razões Bíblicas

Para o Crente

Verdadeiramente Salvo

Não Ir

ao Cinema

 

 



“Sede sóbrios...” (cf. I Pedro 1:13; 4:7, 5:8)

 

 

 

0. Introdução

 

Enquanto eu e minha esposa vagávamos, duas almas perdidas, por entre as densas trevas doutrinárias da seita dos sabatistas, este sempre foi um assunto, dentre muitos outros, obscuro: frequentar ou não as salas de cinema.

 

Desde nossa conversão e salvação ao verdadeiro Evangelho, por meio da Graça de Deus e do sacrifício consumado de Cristo, este assunto se tornou muito claro pela Escritura, a mim e esposa. E isso ocorre simplesmente porque o Espírito Santo vem habitar no crente convertido, para consolá-lo e instruí-lo em toda a Verdade.

 

Porém, como ficamos estupefatos ao descobrirmos que muitos verdadeiros crentes consideram este assunto “cinzento”, preferindo não ter de lidar com ele. É realmente importante trazê-lo à baila? Creio que sim!

 

Para a Bíblia não há “assuntos cinzentos”! O que existem, sim, são almas, entendimentos e corações cinzentos pelo pecado ou pela falta de discernimento. Estou falando dos crentes, pois os não salvos não podem entender as coisas espirituais (I Cor. 2:12—16). Há crentes, infelizmente, desobedientes e rebeldes que se recusam serem esclarecidos pelo Espírito Santo que neles habita. Todos os esclarecimentos estão lá, não que o falte às Escrituras. O que ocorre, muitas vezes, é que falta aos crentes, salvos e redimidos, a submissão e o espírito de contrição, muitas vezes. Ou porque não desejam, ou porque são omissos em buscarem de todo coração, com oração e por meio do estudo da Escritura.  De fato, jamais podemos buscar entendimento espiritual senão por oração e estudo criterioso e sério da Palavra de DEUS. Todos os esclarecimentos estão lá e o Espírito Santo está à nossa disposição! Nossa é a responsabilidade de buscarmos na fonte que DEUS nos concedeu (João 4:14) e não olvidarmos, e isso é muito sério. O Senhor DEUS é Quem mesmo nos cobrará por isso.

 

Ao falar sobre este assunto, é importante deixar claro que:

 

a. Este artigo não foi escrito para “arengas” com crentes de posições mais liberal e de práticas não fundamentalistas. Eu aqui exponho minha posição doutrinária e prática em relação ao assunto. Cada um prestará conta de si mesmo a DEUS, do que ensina, prega e do que vive. É, no entanto, esclarecido abaixo o que creio e o que ensinarei na igreja em que, por vontade de DEUS, vier a pastorear, sendo aquilo que prego e procuro viver na prática. Quem pensar em contrário, fique à vontade para se justificar diante de DEUS, não comigo.

 

b. Este artigo não foi escrito para tentar convencer os crentes de posição mais liberal, apenas conservadora ou de práticas não fundamentalistas. Mas foi escrito às ovelhas do Senhor que tem os ouvidos abertos para ouvir e o coração tenro para receber os ensinos contidos na Sagrada Escritura, e desejam este ensino.

 

Dessa forma, sabemos que há muitos “convertidos” rebeldes andando e pregando por aí. Sempre indispostos com a Verdade e nunca tenros para com as orientações espirituais que visam o amadurecimento e o crescimento na Graça para conformidade com a Vontade de DEUS.

 

I. Por Que Lidar Com o Assunto é Importante

 

Então, por que este assunto, há alguns que o tripudiam e o têm como tão trivial, precisa ser trazido à baila? Eis algumas razões que apresentamos aos crentes que desejam crescer na graça e no conhecimento de Cristo (II Pedro 3:11-18):

 

1. Não há áreas na vida do crente onde a luz do esclarecimento do Espírito Santo não possa atingir, alcançar e agir por meio da Palavra de DEUS. Não é razão suficiente argumentarmos que “sempre fizemos assim” e, portanto, “podemos continuar fazendo pois fomos salvos pela graça”. A Bíblia nos adverte sobre os falsos crentes que convertem em dissolução a graça de DEUS (Judas 4). Crentes, verdadeiramente salvos, não podem simplesmente agir como se eles não se sentissem incomodados pelo Espírito Santo que neles habita;

 

2. Não há assunto por mais moderno e atual que seja, que a Bíblia não trate. A Bíblia é Eterna Palavra de DEUS e todos os assuntos concernentes à vida do crente são por ela elucidados (I Timóteo 3:16). Crentes, verdadeiramente salvos, tem em si um desejo e uma ansiedade benevolente que os move em direção a buscar a orientação de DEUS para suas vidas. E isso o fazem com mansidão de ovelha e não com o uivar e o ladrar dos lobos;

 

3. Não podemos apresentar um discurso, e uma pregação, radical e fundamentalista enquanto nossas vidas práticas estão em desacordo com as Sagradas Escrituras. Há muitos que não buscam esclarecimento e vivem a “coar mosquitos e engolir camelos” (Mateus 23:24). Nossa vida prática deve estar de acordo com o que defendemos. Se nossa pregação é fundamentalista, não podemos ter uma vida liberal.

 

Alguns poucos exemplos, além do assunto relacionado à frequência do cinema, têm demonstrado que vivemos em tempos em que os crentes têm abandonado o bom discernimento de um viver que se conforma à imagem do nosso Salvador (Romanos 8.29). Estes são grandes problemas que, em muitas igrejas, já se tornaram assuntos proibidos, não podendo ser tratados:

 

a. Pregar sobre Modéstia Cristã (vestimenta sóbria, santa e decente) e praticá-la apenas nas reuniões de igrejas locais e somente nestes momentos, enquanto se permite se despir em todos os outros lugares (roupas que marcam o corpo, biquinis, mini saias, camisetas só de alcinhas para as irmãs, etc). É muito triste e vergonhoso vermos irmãs e irmãos em Cristo, se expondo completamente desnudos, usando apenas roupas íntimas (ou sunga e biquini não são apenas roupas íntimas?) em público e achando isso algo muito natural (Mateus 7:26);

 

b. Pregar sobre a Obra e o Poder regenerador e transformador do Espírito Santo de DEUS enquanto se incentiva, apoia, defende e concorda com tratamentos humanistas de psicólogos e psiquiatras. É muito triste e vergonhoso vermos que, por muitos, a Escritura é tida como insuficiente e o Espírito Santo como ineficaz para consolar, guiar, instruir e orientar a vida do crente em sua plena totalidade (João 16:7-8);

 

c. Pregarmos sobre a necessidade do Batismo verdadeiro, correto, bíblico e aplicarmos tal batismo às crianças, aos infanto-juvenis e aos adultos que não tem certeza de salvação e não apresentam frutos que demonstrem que eles tenham sido regenerados (Mateus 3:8).

 

Não sejamos, pois, como os judeus, extremamente religiosos no discurso e na cobrança, sem viverem o que pregavam por não serem de fato convertidos a DEUS. Foi a estes religiosos que Cristo repreendeu por sua hipocrisia (Mateus 7:28-29; 23:13-31). Se somos crentes, salvos e redimidos, vivamos o que pregamos e preguemos tão somente a Verdade.

 

 

II. A Voz de Nossos Irmãos do Passado

 

O que diziam os Batistas do passado sobre a frequência e a exposição dos crentes convertidos à lugares de ajuntamentos mundanos, que não tinham a intenção de glorifica a DEUS, mas somente exaltar a carne e o mundo na vida dos homens ímpios?

 

No livro A Igreja Discipuladora: A Igreja que Permanecerá Até a Vinda de Cristo, David Cloud apresenta um olhar na história dos batistas pela ótica e cuidado de alguns homens de DEUS, a respeito do comportamento adequado dos crentes em relação aos assuntos de frequência a ajuntamentos e diversões mundanas. Como, por exemplo, é apresentado o relato de Spurgeon descrito em Maravilhas da Graça: Testemunhos Originais de Convertidos Durante os Primeiros Anos de Spurgeon (compilados por Hannah Wyncoll, copyright 2016 de Wakeman Trust), sobre a necessidade de um candidato ao batismo ser indagado a respeito de seu caráter moral e sua reputação. Isso incluía o abandono de participação em ajuntamentos mundanos:

 

“Spurgeon passava várias horas, toda terça-feira à tarde, vendo muitas dessas pessoas, fazendo um breve intervalo para comparar anotações com os demais pastores. Ele, então, nomeava um pastor ou diácono para visitar o candidato, para garantir que o candidato estivesse vivendo uma vida consistente e piedosa em casa. A participação do candidato em tantas reuniões quanto possíveis aos domingos e durante a semana era vista como um sinal da verdadeira vida cristã. Muitos estavam em serviço e tinham muito pouco tempo livre longe do trabalho, mas seu novo instinto cristão deveria ser visto - reunir-se sempre que possível. ... [Um] tema que brilha distintamente na grande maioria dos registros é o abandono do mundanismo na conversão. Tudo muda para o convertido. Os prazeres mundanos são abandonados e a vida dedicada a Cristo e a seu povo prevalecem a partir de então. Atividades e a frequência a lugares como o teatro de pulgas, casas públicas de shows e espetáculos, festas de música e dança, o uso de músicas populares e jogos de azar são mencionados repetidamente como não agradando o novo crente. A vida marcadamente diferente dos crentes é frequentemente mencionada como instrumental para levar outros a investigarem os assuntos CristãosA mudança não se limitava à participação na igreja, mas se estendia a todas as áreas da vida.” (Maravilhas da Graça – ênfases minhas acrescentadas). 

 

Por certo, se existissem cinemas no tempo de Spurgeon, eles seriam incluídos em tais descrições. Se o cinema não é um lugar de ajuntamento como “casa de espetáculo e shows mundanos” – apresentando aos olhos, ouvidos e mentes das pessoas toda sorte de imundícia, fornicação, adultério, blasfêmias, homossexualismo, uso de drogas, danças e músicas da carne e do sexo, violência, derramamento de sangue, exaltação humanista, endeusamento do diabo e muitas coisas semelhantes a estas - nenhum lugar será (Efésios 5:11).

 

 

III. O Princípio Bíblico da Sobriedade

 

O argumento de muitos liberais, e alguns “assim-chamados-fundamentalistas” rebeldes é o de afirmar que a Bíblia não trata de certos assuntos por não os apresentar pelo nome pelos quais os conhecemos, assuntos tais como: cigarro, maconha, ficar, masturbação, cerveja, cinema e etc. Cremos, porém, que a Bíblia é tanto atual quanto verdadeira, tanto suficiente quando completa, tratando de todos estes assuntos (e quaisquer outros), por ser a Palavra Eterna de DEUS. Esse argumento é apenas uma, de muitas outras desculpas, para que rebeldes continuem desobedecendo e buscando cauterizar suas próprias consciências (I Tim. 4:12).

 

Princípios Bíblicos e Teológicos são mais do que suficientes para que a Escritura nos “norteie”, por meio da ação esclarecedora do Espírito Santo que habita nos crentes. Assuntos relacionados aos vícios são esclarecidos pelas Sagradas Escrituras por meio da descrição clara de que qualquer vício é escravizador, e todo vício escravizador é pecado. Como, pois, permaneceremos escravizados pelo pecado (natureza e obras) se agora somos servos de Cristo, libertos pela Sua graça para andarmos em novidade de vida? (veja, como exemplo, o que diz Romanos 6:17-23).

 

Dessa forma, o que significa “ser sóbrio”, segundo a Escritura? Como este princípio se aplica na vida do crente?

 

Ser sóbrio, por meio do Espírito Santo que habita em nós, resumidamente é:

 

a. estar no controle da mente e das emoções, não se deixando dominar por elas (I Cor. 9:27);

 

b. estar no controle dos sentidos da carne, ou seja, do que se vê, do que se ouve, do que se sente, buscando em tudo a glória de DEUS (I Cor. 10:31);

 

c. estar na mesma “frequência” (mesmo parecer, mesmo pensamento, mesmo entendimento) da Palavra de DEUS, em concordância e não em discordância com Sua Vontade (I Cor. 1:10);

 

d. estar alerta em sempre analisar, examinar e avaliar tudo pela Palavra de DEUS e não pelos conceitos e padrões da carne, do mundo e do diabo (I Cor. 6:2, Tess. 5:21);

 

e. estar apto a discernir entre certo e errado, entre comportamento santo e adequado e aquilo que desagrada a DEUS, O ofende e O desonra (I Cor. 11:29, Heb. 5:14);

 

f. estar sempre com nossas “armas espirituais” empunhadas, não jogadas (como os homens de Gideão), à disposição, nunca se desfazendo delas (I Cor. 16:13, Ef. 6:11-12).

 

Vejamos, então, como isso contrasta com a prática de frequentar cinemas (no mesmo nível de teatro, casa de shows, espetáculos, festas de música e danças, clubes de jogos de azar, etc).

 

 

IV. O Que o Cinema É e Representa

 

Podemos apresentar o cinema, tanto o local físico quanto sua estrutura, filosofia e representatividade como sendo:

 

a. Um ajuntamento (eu chamo de “a ekklésia mundana”) de ímpios, no formato, na disposição e na intenção. Estão ali reunidos para ouvirem, verem e absorverem uma pregação visual. Não a pregação da Verdade, mas a da mentira e seu objetivo é se deliciarem com ela. Esta pregação é proferida pelo mundo, pela carne e pelo diabo.

 

b. Uma nave (o auditório da “ekklésia mundana”), em um ambiente preparado para a catarse (hipnose em grupo), para o abandono de todo discernimento e da sobriedade, bem como para o despojamento de todas as armas espirituais que os crentes possam ter. A Bíblia, bem como seus conceitos, avaliações, exames, leis e armas espirituais fornecidas devem ser abandonadas e deixadas na bilheteria. Tudo é preparado (escuridão, tamanho de tela, controle do ar, do som, conforto das poltronas, etc.), para impor a nível quase hipnótico as ideias, os conceitos, o modo de vida, músicas, os padrões e as blasfêmias deste mundo vil e maligno a todos os seus “membros frequentadores”;   

 

d. Um apoio financeiro aos propósitos do diabo e ao lixo produzido por homens ímpios, aplicados na condução de mentirosos (homens e mulheres ímpias) e blasfemos. Se dispor a apoiar esta estrutura mundana, muitas vezes abertamente diabólica, é total perda de tempo para os crentes que desejam confrontar o mundo com a Verdade do Evangelho. Muitos “assim-chamados-crentes” não suportam quarenta minutos de pregação bíblica exegética e confrontadora do pecado, a fim de estarem se nutrindo com “sólido mantimento espiritual”. Mas, infelizmente, estão dispostos não somente a “abrir os bolsos, liberalmente”, mas a cederem seu precioso tempo (duas horas? três horas? quatro horas?), mente, ouvidos, olhos e coração, sorvendo goela abaixo todas as imundícias e fábulas malignas que a indústria cinematográfica lhes proporciona (II Tim. 4.4);

 

e. Um ídolo intocável para muitos, sob o qual muitas crianças, juvenis, adolescente e adultos tem se subjugado por vontade própria, cedendo todo seu esforço, inteligência e paixões a idolatrar (pessoas, obras, personagens, etc.) acima de todas verdade, amando a mentira e se entregando à ela (Apoc. 21:27 e 22:15). Com pois um crente salvo poderá ter participação nesta idolatria?

Importante: O preceito “Não terás outros deuses diante de mim” – Êxodo 20:3, se aplica também a outras áreas, além dos ídolos de pau e pedra dos pagãos, tais como:

·         Música rock/pop toda sua indústria (incluindo o “gospel”);

·         Moda;

·         Dinheiro, posição, fama;

·         Internet e redes sociais;

·         Filhos e/ou cônjuges;

·         Drogas, remédios, vícios;

·         Corpo e saúde;

·         A própria vida ou modo de vida;

·         Amigos;

·         Cinema e etc.

Todos estes podem vir a se tornar objetos da idolatria na vida dos homens, incluindo os crentes sem discernimento espiritual e bíblico. O cinema molda comportamentos, porém não em conformidade com a Vontade de DEUS.

 

V. O Que o Crente Faz ao Ir ao Cinema

 

Neste ponto podemos perguntar: “Para ir ao cinema, o que um cristão deve fazer?” A fim de amortizar e cauterizar sua consciência e a ação do Espírito Santo em exortar e confrontar a vida do crente com a Palavra de DEUS, para poder ir ao cinema o crente, verdadeiramente salvo, deve:

 

a. Abandonar por completo o princípio bíblico da sobriedade;

 

b. Se submeter à “ekklésia mundana” por completo;

 

c. Se subjugar ao ambiente hipnótico a fim de se conformar com o mundanismo;

 

d. Cultuar um ídolo (pessoas, franquias, indústria, etc), apoiando-o financeiramente e presencialmente;

 

f. Se despojar de todas as armas espirituais, incluindo a Bíblia e sua cosmovisão, deixando-as na entrada, “à vista” de todos.

 

 

Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. – Efésios 5:15-16 (ACF)

 

 

VI. Conclusão

 

Antes de concluir, permitam-me compartilhar algumas experiências práticas, que creio servem como ilustração:

 

1. Certa vez um homem religioso, mas não salvo, foi convencido pela esposa, também religiosa, a irem ao cinema.  Ao iniciar a projeção do filme, ele se levantou e começou a reclamar das blasfêmias e da imoralidade que estava sendo apresentada. Ambos foram expulsos da sala de cinema. Os crentes poderiam fazer o mesmo, de maneira sábia, mas sem precisarem ir à sala do cinema, pregando com a vida e vivendo uma vida de santidade servindo na igreja local. Ou algum crente iria ao cinema para pregar contra as blasfêmias e mentiras que ali se apresentam?

 

2. Certa vez um saudoso irmão me compartilhou uma preocupação. Os jovens da sua igreja local estavam aderindo às “idas ao cineminha”. Perguntou-me “o que poderia dizer a eles”. Respondi-lhe, simplesmente: “que eles provem que isso honra a DEUS e que está de acordo com as Sagradas Escrituras, cujo padrão de comportamento adequado do crente é exigido por DEUS. Se pudessem provar, não haveria problemas”. Nenhum dos jovens jamais respondeu ao desafio proposto.

 

3. Um certo missionário americano (pelo que soube, não está mais no Brasil e voltou aos Estados Unidos) foi visto por uma idosa e piedosa irmã, entrando num cinema juntamente com sua esposa. Ele percebeu o olhar de repreensão da irmã, e sem dizer nada, entrou no cinema mesmo assim. Quando na igreja o tal missionário perguntou à irmã se ir ao cinema era pecado a irmã, de maneira muito simples, porém firme, respondeu: “Pastor, a única coisa que sei é que me senti extremamente envergonhada por ver o irmão e a esposa entrarem no cinema. Creio que isto é algo que veio pelo Espírito Santo de DEUS”. O pastor emudeceu e nada pode responder (I Cor. 8:12).

 

Creio que ir ao cinema é, para o crente:

 

a. por livre e espontânea vontade fazer parte de um ajuntamento de ímpios para receberem a pregação do mal e da degradação;

 

b. “vender”, por algumas horas, sua mente e seu coração ao diabo, ao mundo e à carne;

 

c. deixar de ser um soldado, se despojando de suas armas espirituais;

 

d. deixar a “frequência” do entendimento “ajustado”, por uma ação hipnótica, à “frequência” do mundo, a fim de ser conformado com ele;

 

e. deixar de ser crente, de agir com crente, de pensar como crente, de discernir como crente, mesmo que por algumas horas, tanto quanto durar o filme e muitas vezes por muito tempo depois (princípio da hipnose e da lavagem cerebral);

 

d. negar o Salvador em Sua Santidade, por ação em sua vida pessoal e prática.

 

 

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. – Romanos 12:1-2 (ACF)

 

O crente nunca perde nada, deixando de ir ao cinema. Mas com certeza, ele poderá desfrutar com alegria das riquezas da graça de DEUS muito ao buscar, de todo coração, obedecer a DEUS e se conformar à Sua Vontade.

 

Devemos ter todo cuidado e discernimento possível, que nos fornece a Palavra de DEUS, como atalaias. E com certeza faremos (devemos e podemos) uso dela se nos esforçarmos em obedecer a DEUS, não aos homens!

 

Temos tido a benção de DEUS de podermos, com toda liberdade, realizar nossas reuniões familiares, um privilégio dos crentes, para o devocional de estudo e oração. Temos podido cantar hinos, estudar um trecho das sagradas Escrituras, conversar a respeito dela e como ela se aplica ao nosso viver. Nenhuma “sessão de cinema” substituiria tal riqueza concedida por DEUS!

 

Muitas vezes, eu e esposa, temos tido a oportunidade de confrontar o mundo e sua filosofia com a Verdade de DEUS exposta em Sua Palavra, informando aos nossos filhos sobre os perigos das fantasias humanas, a sujeição dos mesmos a estas mentiras pagãs, sejam em desenhos e filmes, cujas obras blasfemam de DEUS e de Seu Cristo.

 

Não precisamos, como crentes, entregarmos o controle de nossas mentes aos ímpios e incrédulos, como os frequentadores de cinema o fazem, pois somos servos do SENHOR.

 

Se não podemos provar que algo em nossas vidas honra a DEUS e o exalta em Sua santidade, o melhor é O servir com uma consciência pura (I Tim. 1:5). Ir contra a consciência e rejeitá-la, uma ferramenta do Espírito Santo disponível aos homens e disponível principalmente ao crente salvo, é ir em direção ao naufrágio da fé (I Tim. 1:19).      

 

Para alguns crentes o moto de suas vidas tem sido “sinto que posso”, e insistem em afirmar que “a Bíblia nada diz sobre isso”. Minha pergunta sempre será, para aqueles que perguntam e defendem comportamento baseados em emoções, sentimento, cultura e preferências pessoais: “O que diz a Palavra de DEUS? Há razões para fazê-lo? Isso honra a DEUS e propaga o seu Evangelho? O conformará, crente verdadeiramente salvo, um pouco mais à imagem de Cristo?”

 

Para muitos, simplesmente, resta o silêncio!

 

Com relação ao crente frequentar cinema não há razões para fazê-lo, mas há numerosas razões e princípios bíblicos para o contrário: não o fazermos e jamais frequentarmos estes ajuntamentos mundanos.

 

Eu creio que, com isso em mente, o crente desfrutará de paz espiritual, honrando e glorificando a DEUS em seu viver, abandonando práticas que não o edificam espiritualmente e se separando daquilo que não convém a uma pessoa resgatada pelo sangue do Filho de DEUS!

 

DEUS nos abençoe e guarde para Si, até o fim.

 

Amém!

 

 

 

Revisão 01. Dezembro, 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

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