Os Frutos Amargos do Ateísmo [Parte II], Por Kyle Butt, M.Div.

 

 

OS FRUTOS AMARGOS DO ATEÍSMO

 

Parte II – Ateísmo e Degradação Sexual

 

 

Por Kyle Butt, M.Div.

 



 

[Nota do Editor: Esta série foi publicada em duas partes. A seguir segue a tradução da II Parte, que continua sem comentários introdutórios, de onde a I Parte do primeiro artigo terminou.]

 

 

 

DESVIO SEXUAL E PERVERSÃO

 

 

A evolução ateísta não somente desvaloriza a vida humana, mas também contamina muitas das mais importantes áreas da interação humana. A sexualidade é uma área do comportamento humano que foi completamente transtornada pelos conceitos errôneos de evolução e do ateísmo[1]

 

Em um trabalho que ele intitulou Fins e Meios, o ateu Aldous Huxley escreveu:

 

“Eu tinha motivos para não desejar que o mundo tivesse significado; consequentemente, presumi que não haja nenhum, e fui capaz, sem qualquer dificuldade, de encontrar razões para esta suposição... Para mim, como sem dúvida para a maioria de meus contemporâneos, a filosofia da falta de significado foi essencialmente um instrumento de libertação. A libertação que se desejava era simultaneamente a libertação de um determinado sistema político e econômico e a libertação a partir de um determinado sistema de moralidade. Nós nos opomos à moralidade porque ela interfere em nossa liberdade sexual.” (1937, pp. 270, 273, ênfase acrescentada).

 

Seguindo o argumento de Huxley, se assumirmos que o mundo não foi criado por Deus, e que definitivamente não há significado real para a existência humana, então podemos fazer sexo com quem, quando e da maneira que nós escolhermos. O ateísmo evolutivo oferece o desvio sexual como um cheque em branco a ser preenchido de qualquer forma, como cada “macaco nu” escolhe. Numerosos exemplos podem ser apresentados em que a evolução ateísta é utilizada para explicar e defender as perversões sexuais mais sórdidas.

 

 

EVOLUÇÃo E ESTUPRO

 

Trabalhando sob a suposição da evolução naturalista, e conhecendo as implicações éticas de tal teoria, Randy Thornhill e Craig T. Palmer foram co-autores de um livro intitulado A História Natural do Estupro, publicado pela MIT Press em 2000. Em seu prefácio eles afirmaram que:

 

“gostaríamos de ver o estupro erradicado da vida humana”. (página xi). 

 

Um nobre pensamento – erradicar essa prática abominável. Sua auto professada finalidade é a de educar os seus leitores quanto às causas de estupro. Eles sentem que essa educação vai ajudar os seus leitores a entenderem melhor o estupro, e a serem mais bem equipados a iniciarem programas que irão impedir o estupro de forma mais eficiente do que os programas atuais.

 

 

No entanto, tão nobre quanto o seu sugerido objetivo possa ser, Thornhill e Palmer embarcaram em uma tarefa impossível. Uma vez que eles aplicam o pensamento evolutivo naturalista ao estupro, eles são forçados a dizer, em essência, que não há realmente nada de errado, em última análise, com a prática[2] (embora eles não gostem dela e queiram vê-la erradicada). No terceiro capítulo, intitulado “Por que os homens estupram?”, os autores observam:

 

“Os machos da maioria das espécies – incluindo a dos seres humanos – são geralmente mais ansiosos para acasalar do que as fêmeas, e isso permite que as fêmeas escolham entre os machos que estão competindo com outros pelo acesso a elas. Mas ser escolhido não é a única maneira de ter acesso sexual às fêmeas. Por meio do estupro, o macho contorna a escolha da fêmea”. (2000, página 53).

 

 

Comparando os seres humanos com as espécies animais, os autores veem o estupro como uma forma natural dos machos contornarem o processo de seleção. De fato, eles afirmam:

 

“O estupro humano surge do mecanismo evoluído dos homens para a obtenção de um elevado número de parceiras em um ambiente onde as fêmeas escolhem os parceiros.” (página 190, ênfase acrescentada). 

 

Eles ainda afirmam que:

 

“...a teoria evolutiva aplica-se ao estupro, como faz em outras áreas de assuntos humanos, tanto por razões lógicas quanto comprobatórias. Não há nenhuma razão científica legítima para não se aplicar as hipóteses fundamentais evolutivas ao estupro”. (página 55)

 

 

Em suas razões “científicas”, propostas das razões pelas quais os homens estupram mulheres, Thornhill e Palmer sugeriram que, em alguns casos, metais pesados ​​tais como o chumbo:

 

“...perturbam as adaptações psicológicas do controle do impulso, que podem levar a uma maior taxa de criminalidade” (página 58). 

 

Eles afirmaram:

 

“O chumbo pode ser responsável ​​por alguns casos de estupro, assim como as mutações o podem. (página 58, ênfase acrescentada). 

 

Assim, o estupro pode ser simplesmente motivado quando um macho de uma espécie é exposto a um excesso de algum tipo de metal pesado, ​​como o chumbo, ou quando ocorrem mutações. Sam Harris acrescentou:

 

“Não há, afinal de contas, nada mais natural do que o estupro. Mas ninguém diria que o estupro é bom, ou compatível com uma sociedade civil, porque eles podem ter sido vantagens evolutivas para os nossos antepassados”. (2006, páginas 90-91).

 

Joann Rodgers ironizou:

 

“O estupro, ou pelo menos atos parecidos com o estupro, claramente existem em muitas espécies, dando peso adicional ao estupro tanto em suas raízes ‘naturais’ quanto em seu ‘valor’ no nosso legado biológico e psicológico.” (2001, página 412). 

 

Ela ainda comentou:

 

“Mesmo o estupro, os fetiches, o sadomasoquismo e outros chamados comportamentos sexuais aberrantes estão quase certamente e biologicamente predispostos, se não adaptados e podem, portanto, ser aquilo que os biólogos chamam de traços ‘conservados’, atributos ou propriedades úteis ou essenciais para a vida em todas as culturas e genomas”. (página 11, ênfase acrescentada).

 

 

A falácia desta linha de pensamento é que ele lança em rosto tudo o que os seres humanos conhecem sobre as decisões morais. Além disso, ela transforma uma atividade cruel, moralmente repreensível em algo que pode ocasionalmente ser causada por mutações ou outros fenômenos que isentam o estuprador de assumir a responsabilidade por suas ações. As explicações “científicas” para tal ação imoral como o estupro são absolutamente terríveis. 

 

Quando se resume a sua essência, como o tem Thornhill, Palmer, Harris, e Rodgers tão bem ilustrado, os proponentes da evolução naturalista nunca podem afirmar que qualquer atividade é errada em um sentido último. Sendo este o caso, qualquer ação que uma pessoa escolha fazer seria considerada apenas moralmente correta como qualquer outra ação, uma vez que todo o comportamento humano seria o subproduto da evolução. 

 

Como o próprio Darwin afirmou:

 

“Um homem que não tem a crença assegurada e sempre presente na existência de um Deus pessoal ou de uma existência futura com retribuição e recompensa, pode ter a sua regra de vida, tanto quanto eu posso ver, apenas para seguir aqueles impulsos e instintos que são o mais forte ou que lhe parecem os melhores”. (1958, p. 94, ênfase acrescentada).

 

 

Se um homem segue seu impulso de estuprar uma mulher os ateus não poderão dizer, e mais e mais não irão dizer, que isto é errado[3].

 

 

 

HOMOSSEXUALIDADE

 

Na seção em que estivemos lidando com o aborto (na primeira parte desta série), observamos como os evolucionistas, muitas vezes, apelam à natureza para justificar o comportamento imoral. Eles afirmam que se os animais podem ser encontrados exibindo certo comportamento, então é moral, ou seja, não será imoral, os seres humanos também se envolverem neste tipo de comportamento. Os evolucionistas têm seguido essa linha de raciocínio em sua defesa da homossexualidade. Por exemplo, o Museu de História Natural de Oslo abriu a primeira exposição do mundo documentando casos de comportamento “homossexual” na natureza. Em uma das declarações na exposição se pode ler:

 

“Podemos ter opiniões sobre muitas coisas, mas uma coisa é clara: a homossexualidade é encontrada em todo o reino animal, e ela não é contrária à natureza”. (Doyle, 2006).

 

Em um artigo da revista Ciência Viva, intitulado  “Sexo Animal: Nenhuma Regra Nojenta[4]”, o autor escreveu:

 

“Os animais desrespeitam regras estabelecidas, quando se trata de jogo do amor e do sexo. Na verdade, o reino animal é cheio de swingers[5]. Os Bonobos[6] são extremamente promíscuos, engajando-se em interações sexuais com mais frequência do que qualquer outro primata e em quase todas as combinações, de heterossexuais às uniões homossexuais. Mesmos as mães acasalam com seus filhos maduros... As Sociedades Bonobos são ‘Faça o amor, não a guerra’, e acredita-se que o sexo frequente entre eles serve para fortalecer laços sociais e resolver conflitos. Esta ideia poderia explicar por que as sociedades Bonobos são relativamente pacíficas e seus parentes, os Chimpanzés, que praticam sexo estritamente para reprodução, são propensos à violência (sem data).

 

É claro, a ilusão de tal pensamento já foi exposto. O comportamento imoral não pode ser justificado por referências ao comportamento animal. Além disso, a homossexualidade é, certamente, “contrária à natureza”, isto é, o caminho natural que Deus projetou para as funções dos seres humanos. O apóstolo Paulo, em sua Epístola aos Romanos inspiradas por Deus, condenou a homossexualidade:

 

Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. (Romanos 1:26-27, ênfases acrescentadas).

 

A homossexualidade contradiz a natureza humana em pelo menos duas maneiras fundamentais. Primeiro, em um nível físico e anatômico básico, a homossexualidade desconsidera o uso natural dos órgãos sexuais dos homens e das mulheres. Machos e fêmeas foram projetados para serem sexualmente compatíveis, a fim de se reproduzirem e terem filhos (ver Gênesis 1:28). Se a homossexualidade fosse uma ocorrência genética natural (o que não é - ver o artigo de Harrub e Miller, de 2004), os genes responsáveis por ela desapareceriam rapidamente devido à incapacidade de casais do mesmo sexo se reproduzirem. Segundo, homens e mulheres foram projetados por Deus para serem capazes de um relacionamento, dentro do casamento, distinto de qualquer outro relacionamento humano. Quando um homem e uma mulher estão juntos, eles se tornam “uma só carne”, uma frase bíblica que descreve o epítome[7] da intimidade e da compatibilidade (Gênesis 2:23). Deus especificamente projetou Eva, e todas as futuras mulheres, para ser uma auxiliadora perfeitamente adequada[8] a Adão e aos homens subsequentes. E, embora seja verdade que os seres humanos pecaminosos muitas vezes não conseguem atingir a intimidade e a unidade designada por Deus, não é por causa do projeto ser defeituoso, mas sim em razão das decisões pecaminosas das pessoas. Deus criou homens e mulheres para serem naturalmente compatíveis, tanto física quanto emocionalmente. A Homossexualidade contorna esta compatibilidade inerente.

 

 

 

SEXO ATRÁS DO BARRACÃO DE BICICLETAS

Fornicação e Gravidez na Adolescência

 

 

Nos Estados Unidos da América, alguém estaria em apertos ao tentar encontrar uma pessoa que não entenda que a gravidez na adolescência entre as mães solteiras é um problema colossal neste país (assim como em muitos outros países). Os contribuintes do Web Site oficial da Campanha Nacional Para Prevenção de Gravidez na Adolescência e Não Planejada, explica:

 

“Apesar de atingirmos o nível mais baixo em 30 anos, 31% das adolescentes engravidar pelo menos uma vez antes de atingir a idade de 20 anos”. (“O Dia Nacional...”, 2008). 

 

O site informa ainda a seus leitores que 750 mil adolescentes engravidam por ano. A fim de conter essa tendência destrutiva, o governo sancionou um dia designado como “O Dia Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência”, cujo sétimo dia anual ocorreu em 7 de Maio de 2008. As organizações, que mantém uma parceria neste esforço, incluem A Academia Americana de Pediatria, A Associação Médica Americana, Grandes Irmãos e Grandes Irmãs da América, Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Uma Marcha Por Centavos, o Conselho Nacional 4-H, e uma série de outros grupos bem conhecidos.

 

No Guia de Discussão Adolescente oficial de “O Dia Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência”, seus autores observaram:

 

“O sexo tem consequências, tanto físicas quanto emocionais”.

 

Eles ainda afirmam:

 

“Não fazer sexo é a melhor e mais segura opção para se evitar a gravidez”. (Guia de Discussão Adolescente, 2008). 

 

Em uma seção do guia intitulado “Fato ou Ficção”, os autores escreveram:

 

“Fato: A abstinência sexual é a única maneira 100% eficaz para se evitar a gravidez.” (2008). 

 

É claro que a população em geral de aproximadamente 300 milhões de pessoas nos EUA reconhecem a gravidez na adolescência como um problema e gostaria de vê-lo interrompido.

 

A única solução segura à gravidez na adolescência é igualmente clara – a abstinência sexual total entre as adolescentes solteiras. Quando se pensa em ideias ou estruturas filosóficas que estimulem tais abstinências, onde poderíamos encontra-las? A resposta óbvia é: no Novo Testamento. A Bíblia enfatiza repetidamente a necessidade da pureza sexual, e condena a atividade sexual fora do vínculo matrimonial. Hebreus 13:4 deixa esse ponto bem claro:

 

Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

 

O apóstolo Paulo admoestou seus leitores:

 

Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; (Colossenses 3:5, ênfase acrescentada).

 

Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo. (1 Coríntios 6:18, ênfase acrescentada). 

 

O Novo Testamento, de forma clara e consistente, apresenta orientações sexuais que, se seguidas, evitariam 100% da gravidez fora do casamento na adolescência.

 

Quando a atenção está voltada para a filosofia da evolução ateísta, a situação é muito diferente. Não só as implicações lógicas da evolução não proíbem a gravidez na adolescência, eles realmente a incentivam e justificam. Em junho de 2006, o Dr. Lawrence Shaw, diretor médico adjunto do Centro de Bridge, em Londres, falou na 22ª Conferência Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (“Adolescente e 60 Anos de Idade...”, 2006). Em seu discurso, ele explorou a suposta história evolutiva dos seres humanos, e como essa herança afeta o comportamento humano atual. Falando diretamente sobre a questão da gravidez na adolescência, Shaw afirmou:

 

“Portanto, antes de condenar os nossos adolescentes por terem relações sexuais por trás dos galpões de bicicletas e engravidarem, devemos lembrar que esta é uma resposta natural dessas meninas a seus crescentes níveis de fertilidade. A Sociedade pode ‘murmurar’ a respeito deles, mas suas ações são parte de um processo evolutivo que remonta a quase dois milhões de anos; enquanto que o seu comportamento pode não se encaixar com as expectativas da sociedade ocidental, talvez seja útil considerá-la num contexto mais amplo”. (como citado em “Adolescente e 60 Anos de Idade...”, 2006, ênfase acrescentada).

 

 

O raciocínio de Shaw está em completa harmonia com as implicações filosóficas da evolução, enquanto está ao mesmo tempo completamente em desacordo com o que é moralmente justificado. Em seu livro Sexo: Uma História Natural, Joann Rodgers escreveu sobre uma estudante do segundo ano do ensino médio que tinha desejo de atrair o jovem que era estrela de futebol local para “alguns beijos roubados” ou para um sexo “casual de banco traseiro”. Relativamente a esta adolescente, Rodgers escreveu:

 

“Sua necessidade fisiológica, seu estado reprodutivo, e suas estratégias não estão completamente distantes das do besouro preto da Florida, de Lara a Bonobo, ou da princesa Guinevere ansiando por Lancelot. Atletismo e corpo sarado, ficar por uma noite, amor romântico e ciúme, juntamente com a infidelidade, a monogamia, e a homossexualidade são tão universalmente demonstráveis entre espécies e culturas que elas têm sido em grande medida presumidas e retiradas através do filtro da evolução sexual e da biologia”. (2001, p. 11).

 

 

 

De acordo com a evolução, as adolescentes promíscuas não são moralmente responsáveis ​​pelo seu comportamento sexual negativo. Elas simplesmente estão programadas a transmitirem seus genes para a próxima geração. As adolescentes que estão engravidando podem não se encaixar nas “expectativas da sociedade ocidental”, mas elas não estão fazendo nada de imoral ou errado – de acordo com a teoria. Elas estão simplesmente agindo em seus impulsos evolutivos que se estendem no passado por cerca de dois milhões de anos, assim como os besouros pretos e os Bonobos.

 

 

EVOLUÇÃO E ADULTÉRIO

 

Por que uma pessoa faria uma promessa solene de ser sexualmente fiel à sua esposa, em um compromisso de relacionamento conjugal[9], mas, em seguida, quebraria essa promessa e adulteraria com outra pessoa? Há algo moralmente errado com o adultério? Tal como acontece com outras práticas sexuais desviantes, a teoria evolutiva explica o adultério num sentido puramente naturalista, absolvendo os culpados de adultério de qualquer delinquência moral. Em seu artigo intitulado “São Seres Humanos Feitos Para Serem Monogâmicos?”, Jeanna Bryner afirmou:

 

“Os psicólogos evolucionistas[10] sugeriram que os homens são mais propensos a ter sexo extraconjugal, parcialmente devido ao desejo masculino de terem seus ‘genes espalhados’ por meio da transmissão de espermatozoides. Os machos e as fêmeas, dizem esses cientistas, tentam estabelecer o seu progresso evolutivo, buscando companheiros de alta qualidade, embora de maneiras diferentes”. (sem data). 

 

Bryner citou Daniel Kruger, um psicólogo evolutivo da Universidade da Escola de Saúde Pública de Michigan, que disse:

 

“Nós somos especiais a este respeito [a tendência a ser monogâmicos-KB], mas, ao mesmo tempo como a maioria dos mamíferos, nós somos uma espécie poligâmica”.

 

Bryner, em seguida, explicou:

 

“Kruger disse que os humanos são considerados ‘levemente polígamos’, cujos machos procuram acasalar com mais de uma fêmea”. (sem data). 

 

De acordo com a evolução ateísta, o adultério não é uma violação moralmente degradada de um contrato de casamento, mas sim simplesmente o desenrolar do “impulso evolutivo” de se repassar os próprios genes para a próxima geração, da maneira mais eficaz possível.

 

Joann Rodgers observou:

 

“Na verdade, a monogamia ao longo da vida parece ser tão rara em nós como no mundo animal, pelo menos entre os chamados alfas ou machos e fêmeas mais poderosos”. (2001, p 341).

 

Rodgers afirmou ainda:

 

“Outra evidência para uma tendência natural à infidelidade emerge de quão fácil e simplesmente o nosso comportamento e nossa bioquímica podem ser subvertidas para o jogo”. (p 341, itálico consta no original). 

 

Ela traça um paralelo entre o comportamento sexual humano e os estudos feitos sobre as aves, como o Rouxinol-pequeno-dos-caniços, Pássaro Azul Estadunidense, e o Papa-moscas preto, e outros animais, como os primatas e os ratos silvestres. Relativamente a estes estudos, ela disse que:

 

as evidências para a prevalência e a recompensa dA promiscuidade nas fêmeas é considerável” (p. 342). 

 

Rodgers concluiu:

 

“Nos seres humanos e bem como na maioria dos animais, o adultério e a infidelidade - o que Fisher chama de “natureza Peyton Place[11]” - são generalizadas, comuns, toleradas, e de fato reforçadas pela nossa biologia. Somente se a promiscuidade realmente maximizar o nível reprodutivo de uma mulher isso valerá a pena o risco e ela terá evoluído desses enganos sutis, como a ovulação escondida e a capacidade de ocultar ou falsificar o orgasmo”. (p. 343).

 

Observe que Rodgers considera ser uma questão comprovada que os seres humanos naturalmente cometerem adultério. Ela argumenta que tal é o caso, porque as mulheres adúlteras maximizam o seu “nível” reprodutivo. Na verdade, ela é tão ousada a ponto de afirmar que, se o adultério não fosse evolutivamente produtivo, ele não existiria, e o fato de que ele ocorre com tanta frequência, tanto em seres humanos como e em animais, é prova suficiente de que é benéfico na medida em que ele causa a evolução.

 

O que Rodgers têm a dizer sobre os sentimentos de culpa e vergonha que muitas vezes acompanham as relações adúlteras? Ela admitiu que:

 

“[c]ulpa e vergonha sempre parecem ser parte integrante de fraude sexual” (p. 341). 

Mas ela sugeriu que:

 

 “vergonha, culpa e conceitos de moralidade sexual evoluíram da mesma forma como a nossa tendência a desviar-se”. (p. 379, itálico consta no original). 

 

Analisando o adultério, então, do ponto de vista evolutivo, ele é simplesmente um comportamento natural, herdado, que é muitas vezes acompanhado pelas emoções de vergonha e culpa que evoluíram, mas tem várias vantagens práticas, reprodutivos e é por isso que persiste. De acordo com tal pensamento evolucionista, os seres humanos não devem nem sequer tentar regular a atividade sexual ou aplicar restrições morais a ela. Rodgers ironizou:

 

“O que parece ser o caso é que as sociedades humanas fazem o melhor quando elas vivem e deixam viver, até certo ponto, a fim de manter nossas responsabilidades sociais e nossos impulsos biológicos em algum equilíbrio”. (p. 353, ênfase adicionada).

 

Tal pensamento é degradante e ilógico. Má conduta sexual não é um produto da evolução, é o produto de decisões egoístas feitas pelas partes envolvidas. A sociedade não pode limpar a sua consciência esfregando-a e apagando-a com um único golpe da borracha evolutiva. Temos de encarar o fato de que nós, como sociedade, estamos agindo de maneira imoral, e temos de ser resolutos em ensinar a única verdade que pode remediar a situação: Há um Deus no céu e devemos viver de acordo com Sua Palavra.

 

 

eVOLUÇÃO E PEDOFILIA

 

 

Desde que comportamentos sexuais degenerados, tais como a promiscuidade antes do casamento, o adultério e homossexualidade, são geralmente vistos pelos evolucionistas ateus como “convencional” e inofensivo quando envolvendo adultos com consentimento, a maioria dos evolucionistas não tem nenhum problema de abertamente declará-los produtos da evolução. No entanto, é difícil, embora não impossível, encontrar um evolucionista “honesto” que irá estender às implicações lógicas da evolução ateísta o “benefício” dos comportamentos sexuais mais grotescos, tais como a pedofilia. Na verdade, se o adultério e a promiscuidade são nada mais do que o desenrolar dos impulsos evolutivos, não o são também todos os comportamentos sexuais? Quem pode dizer quais comportamentos são “morais” e deve ser mantidos e quais são “imorais” e errados? Tal é o atoleiro em que os evolucionistas têm-se mergulhado.

 

Em um capítulo intitulado “Sexo Mau”, Joann Rodgers escreveu:

 

“Além disso, até mesmo o sistema de justiça criminal está sendo levado a reconhecer que, embora a pedofilia e outras formas de sexo explorador devam ser punidos, a fim de proteger as vítimas, os criminosos também podem ser vítimas - não necessariamente de qualquer abuso, mas de suas predisposições biológicas”. (2001, p. 429, ênfase acrescentada). 

 

Ela, então, citou o psiquiatra Fred Berlin, que disse:

 

“Nada na pesquisa sugere que as perversões são ‘volitivas’[12] ou que a sua expressão é uma falha de autocontrole”. (p. 429, ênfase acrescentada)

 

 

Observe as implicações envolvidas nessas declarações. Pedófilos supostamente são vítimas de suas predisposições biológicas. Além disso, as suas ações não são “volitiva” (com base em suas próprias escolhas ou livres vontades), nem são suas ações são um fracasso em controlar seus impulsos. Alguém poderia se perguntar por que, então, esse comportamento deveria ser punido. Se não for voluntário, ou controlado pela vontade de uma pessoa, não podemos esperar que a punição alterasse o comportamento. Além disso, por que esperamos que qualquer punição venha impedir aqueles que intencionam cometer tais atos no futuro? Se pedófilos são biologicamente predispostos à perversão sexual, não se pode desejar que eles sigam qualquer outra direção, e se não estão sofrendo de uma falta de autocontrole, a punição não poderá mudar seu comportamento nem desencorajá-los (ou outros como eles) a um futuro envolvimento com pedofilia. Se a evolução for verdade, então todos os comportamentos sexuais, incluindo a pedofilia, a homossexualidade, a necrofilia[13], a bestialidade[14], a poligamia, e a promiscuidade são igualmente opções “morais” válidas. Como Rodgers escreveu:

 

 

“Na origem e no desenvolvimento das espécies, nenhum componente subsistente do sexo pode ser considerado não natural ou desnecessário. Todos os aspectos do sexo observáveis nos animais de hoje, não menos do que a própria reprodução sexual, são o que os biólogos e psicólogos chamam de “altamente conservados”. Todos os aspectos do sexo são os campeões evolutivos através das eras de seleção natural, de tentativa e erro. Eles persistem em nós e em todas as outras criaturas, precisamente devido à sua importância na sobrevivência”. (2001, pp. 4-5, itálicos constam no original)

 

 

a AGENDA SEXUAL ATEÍSTA

 

Não só a perversão sexual e promiscuidade são implicações diretas e lógicas da evolução ateísta, mas essa frouxidão sexual é um dos principais objetivos da comunidade ateísta. Em 2007, o escritor ateu Christopher Hitchens escreveu o livro intitulado “Deus Não É Grande: Como A Religião Envenena Tudo”. Hitchens foi aclamado como “um dos jornalistas mais prolíficos, bem como brilhantes, do nosso tempo”, de acordo com o London Observer. O Los Angeles Times afirmou que ele é um “jornalista político e literário extraordinário”. Em “Deus Não É Grande”, Hitchens argumenta repetidamente que a pureza sexual bíblica e a fidelidade sexual monogâmica não são apenas indesejáveis, mas na verdade destrutivas. Em sua lista de quatro objeções irredutíveis à fé religiosa, ele incluiu que essa fé...

 

“...é tanto o resultado quanto a causa da repressão sexual perigosa” (2007, p. 4).

 

Apenas seis páginas depois, ele escreveu que é absurdo pensar que alguém poderia saber que existe um Deus e...

 

“...saber o que ‘ele’ exige de nós – de nossa dieta à observância quanto à nossa moralidade sexual” (p. 10) . 

 

Mais à frente no livro, Hitchens escreveu:

 

“A relação entre a saúde física e saúde mental é agora bem compreendida e tem uma forte ligação com a função ou a disfunção sexual. Pode ser, então, uma coincidência que todas as religiões reivindicam o direito de legislar em matéria de sexo? O principal método através do qual os crentes infligem a si mesmos, uns aos outros e aos não-crentes, sempre foi sua pretensão de monopólio nesta esfera”. (p. 53)

 

Em oposição à “repressão sexual” que Hitchens atribui a todas as religiões, ele declarou:

 

“Claramente, a espécie humana é projetada para experimentar o sexo”. (p 54).

 

Ele também afirmou:

 

“inocência sexual, que pode ser encantadora na juventude, se não for desnecessariamente prolongada, é positivamente corrosiva e repulsiva no adulto maduro”. (p 227)

 

 

Em seu capítulo final intitulado “A necessidade De Um Novo Iluminismo”, Hitchens conclui seu livro com um apelo para se banir todas as religiões. Ele escreveu:

 

“Acima de tudo, temos necessidade de uma iluminação renovada, que irá basear-se na proposição de que o estudo apropriado da humanidade é o homem – e a mulher... O que é muito importante, o divórcio entre a vida sexual e o medo, a vida sexual e a doença, e a vida sexual e a tirania, pode agora, finalmente, ser pelo menos tentado, com a única condição de que eliminemos todas as religiões do discurso”. (p. 283, ênfase acrescentada).

 

A partir dos escritos de Hitchens, se torna claro e evidente que um de seus principais objetivos ao tentar se livrar de Deus é que ele, e aqueles que adotam suas proposições ateístas, podem “experimentar” a sexualidade, como animais evoluídos, sem os grilhões da consciência. 

 

[NOTA DO AUTOR: Muitas das religiões que Hitchens discute são culpadas da aprovação de liminares antibíblicas em relação ao sexo que merecem denúncia, como a proibição do casamento. O ponto de vista de Hitchens, no entanto, é claro: todas as religiões, incluindo o Cristianismo Neo Testamentário, devem ser abolidas de forma que não haja restrições sexuais que impedem a experimentação sexual não regulamentada].

 

 

Hitchens certamente não está sozinho em seu desejo de ver o ateísmo impulsionar a sexualidade humana em direção a um reino não regulamentado de promiscuidade experimental. O ateu militante Sam Harris, em sua “Carta a uma Nação Cristã”, tentou explicar aos cristãos que a sexualidade nada tem a ver com moralidade. Ele escreveu:

 

“Vocês [cristãos- KB] acreditam que as suas preocupações religiosas sobre sexo, em toda a sua maçante amplitude, tenha algo a ver com a moralidade... Sua principal preocupação parece ser a de que o Criador do universo irá se ofender com algo que as pessoas fazem enquanto estão nuas. Este puritanismo de vocês contribui diariamente para a excedente miséria humana”. (2006, p. 26)

 

Harris comentou ainda que...

 

“...qualquer Deus que se preocupe com coisa tão triviais como o casamento gay ... não é tão inescrutável assim”. (p. 55)

 

 

 

Outros ateus têm avançado sob a bandeira da anarquia sexual em reinos tais como a pornografia. David Mills, em Universo Ateísta, intitulado capítulo nove “Fundamentalistas cristãos e o ‘perigo’ da Pornografia na Internet” (2006, p. 190). Nesse capítulo, Mills extrapola em sua filosofia ateísta afirmando que a pornografia é inofensiva e moralmente neutra. Ele declarou:

 

“Quando observado numa perspectiva histórica, é difícil acreditar que os machos adolescentes são realmente prejudicados por imagens sexuais... Nenhum estudo sociológico ou psicológico crível desta questão tem discernido quaisquer efeitos nocivos a um macho adolescente visualizando fotos de mulheres nuas ou fotos de cópula de adultos.”(p. 197). 

 

Mills propôs ainda que a moralização religiosa sem sentido é culpada do fato de a pornografia ter sido estigmatizada como imoral. Ele afirmou, descaradamente:

 

“Quando toda a tagarelice religiosa e moralista é descartada, os opositores da pornografia na Internet falharam totalmente em documentar qualquer tipo de ‘dano empírico’ aos machos adolescentes...” (p 198).

 

Mills está comprovadamente errado em sua afirmação de que nenhuma evidência empírica documentada confirma que os machos adolescentes são prejudicados pela pornografia. Numerosos estudos[15] documentam que, entre outros efeitos deletérios[16], que ver pornografia “pode ​​levar a um comportamento antissocial”, “dessensibiliza as pessoas de que o estupro seja um crime”, e “leva homens e mulheres a experimentarem conflitos, sofrimentos e insatisfação sexual” (Rogers, 1990). De acordo com um estudo sobre estupradores, metade dos entrevistados “fizeram uso de pornografia para se excitarem, imediatamente antes de procurarem uma vítima” (1990). Além disso, a forte exposição à pornografia “encoraja desejos de materiais cada vez mais degradantes que envolvem violência, como sadomasoquismo e estupro” (1990).

 

Mills, Hitchens, Harris, e muitos de seus companheiros ateus estão tentando despojar todos os “regulamentos” morais da sexualidade humana. Não se engane: o ateísmo justifica a conduta sexual de qualquer espécie, e aqueles ateus que compreendem isto estão exigindo que todas as normas sociais sobre o sexo seja abolida. Como Joann Rodgers, adequadamente, resumiu:

 

“Animais, insetos e bactérias, com seus múltiplos desejos, gêneros amotinados, vidas sexuais alternativas e hábitos de acasalamento por vezes violentos, se comportam de maneira que nós, humanos, em nossa arrogância, consideramos deselegantes, senão imorais. E ainda que possamos considerar estas coisas profanas em sua natureza elas são realmente profundas... Com a biologia evolutiva como nosso guia, no entanto, seremos mais capazes de ver o que tem permanecido oculto em nossa natureza e desenvolvimento, e aquilo que é profundo não tem nada de profano.” (2001, pp. 40-41, ênfase acrescentada).[17]

 

 

A OBJEÇÃO ATEÍSTA

 

Claro, os ateus não vão ficar de braços cruzados enquanto sua filosofia é acusada de implicações grotescamente imorais. Eles atiram de volta com a ideia de que milhões de pessoas têm sido abusadas, torturadas e assassinadas pelas mãos dos “cristãos”. Apologistas ateístas, então, prosseguem com os detalhes de crimes horríveis que aconteceram, por exemplo, durante os julgamentos das bruxas de Salem, as Cruzadas e a Inquisição Espanhola. David Mills escreveu:

 

“As Cruzadas, a Inquisição, as queimas de bruxas, a tortura de ‘infiéis’ foram todas realizadas em nome do Deus cristão. Embora seja injusto assegurar que o cristianismo foi responsável pelas perversões dos seus ensinamentos, não deixa de ser indiscutível que, historicamente, mais pessoas foram abatidas em nome da religião cristã do que por quaisquer razões ligadas ao ateísmo”. (2006, p. 48). 

 

O livro de Hitchens, “Deus não é grande: Como A Religião Envenena Tudo”, contém abundantes exemplos de crimes contra a humanidade perpetrados em nome da religião. O segundo capítulo de seu livro é intitulado “A religião mata”. No livro, ele discute vários países que visitou. Ele declarou:

 

“Eis aqui um rápido resumo da crueldade de inspiração religiosa que eu testemunhei nesses seis lugares”. (2007, p 18).

 

 

Os parágrafos que se seguem declaram ser a documentação de múltiplas torturas e assassinatos cometidos em nome de religiões específicas.

 

Hitchens, e outros, podem facilmente documentar atrocidades realizadas em nome da religião. Mas isso prova que toda religião é falsa, e que se uma pessoa pode detectar uma falha ou compreender uma falácia em uma religião, então ela tem efetivamente refutada a validade de todas as religiões? Absolutamente não. Você pode imaginar o que aconteceria se este tipo de argumento fosse usado em outras áreas da vida? Aplique esse pensamento à alimentação: uma vez que muitos alimentos são venenosos e tem matado pessoas, todos os alimentos devem ser evitados. Aplique o pensamento à eletricidade: uma vez que muitas pessoas morreram durante a utilização de energia elétrica, todo o uso de energia elétrica é prejudicial para a sociedade. Ou aplique às atividades como a natação: muitos têm se afogado enquanto nadavam, assim, toda a natação leva ao afogamento e deve ser evitada. E se a lógica fosse aplicada às cirurgias? Uma vez que é verdade que milhares de pessoas morreram durante ou como resultado de cirurgia, então, toda a cirurgia deve ser evitada, porque leva à morte ou é de alguma forma fisicamente prejudicial à sociedade. Obviamente, a ideia ridícula de que toda religião é prejudicial à sociedade, simplesmente porque pode ser provado que algumas religiões o são, deve ser rapidamente descartada por qualquer observador honesto e atento.

 

O Cristianismo Neo Testamentário não permanecer ou cai com base na validação das religiões concorrentes. Na verdade, Hitchens e outros, estão certos ao afirmar que muitas religiões são prejudiciais à sociedade. Mas eles estão errados ao unir indiscriminadamente o cristianismo verdadeiro cristianismo o resto inútil e falso de grupos de supostos “cristãos”. O Cristianismo do Novo Testamento é único, logicamente válido, historicamente documentado, e filosoficamente impecável. Ele não desaba com aquelas religiões que são preenchidas com “clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência,” (cf. 1 Timóteo 6:20). Em vez disso, o Cristianismo do Novo Testamento, como personificado na vida de Jesus Cristo, brilha como a verdade que faz os homens livres (João 8:32).

 

Além disso, deve notar-se que o ateísmo não é desacreditado com base no comportamento dos seus seguidores. Alguns ateus são gentis com os outros, trabalhadores árduos e pessoas consideradas. Isto prova que o ateísmo é verdade? Não. Por outro lado, alguns ateus atiram em seus colegas porque eles os consideram menos aptos. Será que o comportamento brutal e imoral desses indivíduos desacredita o ateísmo como uma filosofia? Não necessariamente. Nenhuma filosofia pode ser corretamente avaliada com base unicamente no comportamento daqueles que afirmam segui-la. Hitchens afirmou corretamente:

 

“A primeira coisa a dizer é que o comportamento virtuoso de um crente não é de modo algum prova — de fato não é sequer argumento — da verdade de sua crença”. (2007, pp. 184-185).

 

Dito isto, devemos nos apressar em afirmar que uma filosofia só pode ser corretamente avaliada considerando apenas os comportamentos que são baseados sobre as implicações corretamente derivadas da lógica desta filosofia. No que diz respeito aos crimes feito em “nome do cristianismo”, até mesmo ateus admitem que tais crimes foram justificados por meio de distorções feitas aos ensinamentos do Novo Testamento. Note-se que Mills admitiu:

 

“Embora seja injusto assegurar que o cristianismo foi responsável pelas perversões dos seus ensinamentos, não deixa de ser indiscutível que, historicamente, mais pessoas foram abatidas em nome da religião cristã do que por quaisquer razões ligadas ao ateísmo.” (2006, p. 48, ênfase acrescentada). 

 

Harris fez uma declaração semelhante:

 

“Você provavelmente acha que a Inquisição era uma perversão do verdadeiro espírito do cristianismo. Talvez tenha sido”. (2006, p. 11, ênfase acrescentada). 

 

Uma leitura honesta do Novo Testamento expõe claramente o fato lúcido de que atividades como a caça às bruxas e a inquisições não foram comportamentos baseados nas implicações lógicas dos ensinamentos de Cristo no Novo Testamento. Jesus ensinou as pessoas a tratarem os outros com amor, bondade e respeito – a forma como eles próprios gostariam de ser tratado (Mateus 7:12).

 

Note, no entanto, que os comportamentos e pontos de vista descritos na presente série sobre os frutos do ateísmo provêm diretamente de uma compreensão adequada do ateísmo, e são propostas pelos próprios ateus. Quem disse que a evolução ateísta destrói todos os absolutos morais? Quem afirmou que os pais devem ter a opção de matar uma criança de um mês após o nascimento? Quem propôs que os seres humanos não são melhores do que as bactérias, e que 90% da população humana deve ser eliminada? Quem sugeriu que a promiscuidade sexual, a gravidez na adolescência, o estupro e a homossexualidade são produtos naturais do processo evolutivo? Os ateus evolucionistas são aqueles que promovem essas ideias. Os fundamentalistas cristãos radicais não estão construindo homens de palha retóricos ao inventarem estranhos comportamentos, grotescamente imorais, fora da realidade. Pelo contrário, as ações e as atitudes imorais decorrentes da evolução ateísta são claramente enunciadas e defendidas pelos próprios ateus. Se uma pessoa, que afirma ser um cristão, mata uma criança de um mês de idade porque a criança é hemofílica, essa pessoa viola todos os princípios derivados de uma compreensão exata do ensino do Novo Testamento. Se um ateu faz o mesmo, ele faz isso com toda a força de uma compreensão adequada da evolução ateísta, que justifica seu comportamento.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

 

O conceito de Deus é a única base racional para a existência de um padrão moral final. Quando o conceito de Deus é erradicado de uma filosofia ou da sociedade, esta filosofia ou esta sociedade anula sua capacidade de tomar decisões morais. Por sua vez, ela perde a capacidade de “erradicar” ações como o estupro, o roubo, o assassinato, a pedofilia ou qualquer outro vício imoral. Como John Paul Sartre apropriadamente comentou:

 

“Tudo é realmente permitido se Deus não existe, e o homem é, em consequência disso abandonado, pois ele não pode encontrar qualquer coisa que dependa de dentro ou de fora de si mesmo”. (1961, p. 485). 

 

Quando a Bíblia sucintamente declarou: Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. (Salmo 14:1)[18], ela ofereceu comentário divinos precisos, sobre cada pessoa, sociedade ou filosofia que iria abandonar a noção de que Deus existe – “Têm-se corrompido”.

 

Na verdade, a falsa filosofia da evolução naturalista falha de muitas maneiras, não menos em sua incapacidade de fornecer uma base para a ética. A negação de um padrão divino e final de moralidade lança qualquer um em uma confusão sem esperança sobre como as ações, tais como o estupro, devem ser vistos. Evolucionistas naturalistas que são honestos com as implicações de sua teoria podem dizer que eles não gostam de coisas tais “como” o estupro, ou que eles pensam que é melhor que o estupro seja impedido, ou que eles acham que pode ser mais benéfico para a maioria que esta ação seja limitada ou erradicada, mas eles não têm motivos pelos quais eles possam afirmar que o estupro é, em absoluto, algo moralmente errado.

 

Em contraste com a ausência de fundamento ético da filosofia naturalista, o conceito de Deus fornece a justificativa perfeita sobre a qual se baseiam as determinações morais. Há um Deus que contempla os “maus e bons” (Provérbios 15:3). Ele convocará cada pessoa a prestar contas por suas ações (Apocalipse 20:12-15). Por isso, cada indivíduo é responsável perante Deus por quaisquer ações que ele ou ela cometem em violação de Seu padrão moral encontrado na Bíblia (Efésios 3:3-4). O estupro, o aborto assassino, os assassinatos escolares, o genocídio e outros tais crimes hediondos contra a humanidade não são biológicos, subprodutos evolutivos transmitidos aos seres humanos de alguma precursor de mamíferos, nem são tais crimes “mau funcionamento” biológico causado por mutações. Tais ações são pecaminosas, crimes moralmente repreensíveis contra a humanidade e contra Deus, cometidos por pessoas que tenham escolhido ignorar o padrão moral absoluto de Deus, manifestado em Seu Filho Jesus Cristo e registrado em Sua Palavra, a Bíblia.

 

 

 

Por Kyle Butt, M.Div. Publicado no site Apologetic Press, http://apologeticspress.org/kb.aspx.

 

Tradução e Adaptação. 

Revisão 00, Parte II - Julho 2016.

 

 

 

 

 

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Notas do Tradutor

 

[1] A doutrina ateísta da evolução corrompeu uma benção concedida por DEUS: a interação sexual humana, que deve ocorrer apenas dentro do matrimônio, entre homem e mulher, numa instituição não somente legítima, mas que é também uma dádiva da graça de DEUS. A falsa ciência da evolução, rebaixando o ser humano a um mero animal, retira deles este grande bem, pondo em desordem e devassidão seu comportamento sexual e, consequentemente, afundando a humanidade nos terríveis problemas que disso se deriva.

 

[2] Nas décadas de 80 e 90 um filme, que defendia a abjeta doutrina ateísta da evolução, passou a ser exibido em muitos colégios por professores comprometidos com este enganoso e desastroso ensino. O filme intitulado Quest For Fire (em português “Guerra Pelo Fogo”, ao invés do literal “Busca por Fogo”) é uma verdadeira macacada, trazendo uma ridícula encenação da fantasia evolucionista de clãs formados por homens-macacos. No filme há cenas pornográficas que incluem sexo livre e estupro. Este filme demoníaco continua sendo exibido em escolas públicas para adultos, adolescentes e crianças sem nenhum pudor por professores ateístas. Lembro que, embora muitos ficassem chocados e perturbados com a exibição, a maioria sorria perversamente e se divertia com a noção de que poderiam dar vazão aos mais sórdidos desejos sexuais estando embasados pela ideia de que, afinal de contas, o ser humano não passa de um animal e tem toda liberdade e direito de se comportar como tal. Que os pais cristãos estejam atentos e não permitam que seus filhos sejam expostos a este tipo de propaganda ateísta.

 

[3] É interessante notar, na hipocrisia da sociedade atual que luta em favor de melhorias para a condição das mulheres batalhando contra as consequências e fomentando suas causas, que muitas pessoas não se dão conta ou fingem não notar: 1. Que a chamada “liberação sexual” da mulher moderna tanto retirou dela as virtudes quando a escravizou com os vícios dos homens, atirando-a na lama das perversões animalescas. 2. Que após a sociedade ser inundada com estas filosofias ateístas as consequências rebaixaram a condição das mulheres da sociedade pós-moderna a um estado que só tem piorado e se agravado a níveis bestiais, enquanto elas continuam sendo empurradas para uma condição degradante. 3. Que as filosofias ateístas que fundamentam o estupro como sendo algo natural no homem, advindo de mutação, vantagem evolutiva ou atividade natural provendo desculpas para os criminosos que só se avolumam, continuam sendo ensinadas e defendidas como se fossem verdadeiras. Poderíamos ilustrar a situação atual da seguinte forma: um incêndio em uma floresta foi provocado e, enquanto as pessoas gritam e lamentam em razão das queimaduras, das dores e das mortes, elas não combatem o fogo, não se afastam dele e ainda ajudam a aumentar o número daqueles que alimentam o incêndio com o combustível que o mantém ativo e em crescimento!

 

[4] Em inglês, o artigo foi grafado “Animal Sex: No Stinking Rules”, onde o verbo “Stink” se refere a algo que tem um odor desagradável, algo fedorento, ofensivo. Serve também como expressão coloquial para algo que produz estardalhaço em uma preocupação exagerada, gerando uma regra horrivelmente desagradável, antipática e desonesta sob a ótica de quem discorda dela. Assim, os ateus consideram os padrões morais de Deus como algo que os enoja, violentando a própria consciência que os acusa de estarem cometendo abominação. (Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte. – Provérbios 8:36).

 

[5] Refere-se às “mudanças” de parceiros sexuais entre casais já formados, “oscilando” em promiscuidade permissiva da prática sexual conjunta de dois ou mais casais. (Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.- Hebreus 13:4)

 

[6] Nome comum do chimpanzé-pigmeu ou chimpanzé-anão (Pan paniscus).

 

[7] Ou seja, a frase “uma só carne” resume e expõe de forma clara e perfeita aquilo que é científica e biologicamente racional, lógico e natural na interação sexual humana. O matrimônio conjugal, nos moldes estabelecidos pelo padrão moral absoluto de Deus, não somente é algo que preserva a raça humana, mas preserva em particular cada indivíduo da espécie humana que desfruta desta benção da graça de Deus. A história comprova que quanto mais a sociedade preserva o padrão do casamento bíblico, mais a sociedade desfruta de saúde física e emocional, redução das taxas de doenças venéreas, como  aids e sífilis e muitos dos problemas derivados da imoralidade em uma sociedade predominantemente promíscua.

 

[8] Este é o sentido da palavra “idônea”.

 

[9] Que somente pode ocorrer entre um homem e uma mulher.

 

[10] Na verdade, toda a falsa ciência da Psicologia se baseia na falácia evolucionista de Darwin e sugerir tal coisa como “psicologia cristã” não é algo somente contraditório à própria essência desta filosofia pagã, como também é uma astuta cilada, demoníaca e enganosa.

 

[11] Referente ao filme de 1957,que recebeu o título em português “A Caldeira do Diabo”, sobre uma pequena cidade do interior cheia de comportamentos abomináveis que envolvem estupro, adultério e suicídio.

 

[12] Que provém da vontade de quem pratica o ato ou que exprime esta vontade. A farsa do modelo médico psicológico, utilizado pela psiquiatria, retira a responsabilidade daquele que pratica a ação criminosa, estabelecendo a desculpa perfeita para que o criminoso seja transformado em vítima.

 

[13] Prática sexual com cadáveres.

 

[14] Prática sexual com animais.

 

[15] Advindos, inclusive, dos pagãos psicólogos.

 

[16] Aquilo que é prejudicial à saúde, insalubre, degradante, tendo um efeito destrutivo, danoso, nocivo, que conduz à imoralidade  e á corrupção, tanto emocional quanto comportamental.

 

[17] Em 27 de Julho de 2016, uma grande emissora no Brasil exibiu em um de seus programas de TV a defesa de que a Pedofilia é “doença” sem cura que precisa apenas de cuidados com os "sintomas", apresentando o argumento ateísta, ‘psicolouco’, pagão de que os criminosos desta prática abominável e horrível são ‘vítimas’ e não são responsáveis por suas atrocidades. (Anteriormente disponível em https://globoplay.globo.com/v/5194496/ porém, atualmente, encontra-se com acesso bloqueado para não assinantes, sem permissão para comentários)

 

[18] Compare Salmo 14 com o Salmo 53.

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