RELUZENTE, MAS INÚTIL

 

RELUZENTE, MAS INÚTIL



Como poderíamos definir uma falsa doutrina, aquela que fomenta a apostasia?

 

Ela é como um prego de vidro. Eu nunca vi, confesso, um prego de vidro. Mas imagino-o trabalhado como cristal delicado, transparente e reluzente!

 

É evidente que um prego, assim tão delicado e brilhante, jamais poderia ser usado em uma construção verdadeira, firme e robusta.

 

Primeiro, pelo fato de que o martelo o destruiria e esmiuçaria na primeira martelada, ante o primeiro impacto. Da mesma forma, não suportaria pressão e calor devido aos esforços que a estrutura da obra exige.

 

Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiúça a pedra? – Jeremias 23:29 (ACF)

 

Tampouco seria útil se alguém pudesse, mesmo assim, insistir e conseguir fixá-lo à obra, em qualquer posição, fazendo permanecer por inteiro dentro da estrutura.

 

Tal componente, certamente, poderia resistir por algum tempo, mas logo vindo as dificuldades – peso, tração, compressão, flambagem, etc – faria vir abaixo toda a construção, danificando e rachando de tal forma que o trabalho seria de todo inutilizado.

 

Seria então necessário que toda a obra fosse posta abaixo, e exigiria que tudo fosse reconstruído novamente, desde o alicerce.

 

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. – Mateus 7:24-27 (ACF)

 

Assim, a falsa doutrina, não resiste ao “martelo da Palavra”. Por essa razão os que a aplicam à obra são frívolos e delicados em empunhar a “marreta da Verdade”, sempre suavizando e evitando o confronto direto com as Sagradas Escrituras.

 

Por menor e mais banal que pareça, em sendo reluzente, brilhante e apetecível aos olhos, quando fixada e mantida amorosa e cuidadosamente em uma construção, a falsa doutrina pode fazer com que tudo venha a rachar, desmoronar, inutilizando anos de dirigente esforço na construção.

 

E quando vierem as dificuldades? De igual modo vem o inevitável desmoronar.

 

Em segundo lugar, apesar de não poder ser útil, um prego de vidro ou de cristal poderia facilmente servir como um tipo de arma, sendo fixado num coração de carne, matando-o instantaneamente.

 

Assim também é a falsa doutrina. Ela pode até não ser fixada direta e abertamente na obra, mas pode ser fincada no coração da igreja local, mantando sua vida espiritual. Para que essa arma não seja percebida, Satanás a faz bela e reluzente, atrativa e desejável aos olhos e aos corações. Ele a procura fixar lentamente, sem pressa, aos poucos, de maneira a parecer indolor, de maneira que se pense que maiores danos não serão possíveis quando surgirem os problemas.

 

 

Não se deixe levar pela beleza reluzente, pelo brilho cativante, pela leveza atraente. Falsas doutrinas são pregos de vidro cuidadosamente fixados, parecendo não trazer maiores danos, a princípio. Eles vem sempre disfarçados de amizades, apegos humanos, facilidades e atalhos, aumento numérico, medo da solidão, afagos do mundo, anseios da carne, promessas de liberdades dissolutas. Pequenos prazeres, gozos e deleites que aparentemente parecem vitórias, mas forçam a estrutura como um todo, mudam direções, divergem da firmeza da pregação da Palavra, levam ao desvios no caminho e ao afastamento da Vontade de DEUS.

 

Não venda sua fé, não se afaste um milímetro que seja, não seja seduzido pelo brilho, permaneça firme apesar dos percalços e das dores! A estrutura estará e permanecerá sólida se firmada na Rocha. E nós recebemos, de uma vez por todas, esta Fé e DEUS foi Quem no-la concedeu. O Senhor Jesus Cristo é nosso general, e Ele não exige nada menos que fidelidade e firmeza em nossa jornada. Empenhemo-nos, pois, na batalha que se nos apresenta.

 

 

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo. – Judas 3, 4 (ACF)

 

 

 

 

Em 19 setembro, 2008.

Revisão 01, abril 2025.



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