A
Ascensão e o Impacto da
Descrença
Religiosa Moderna
Por Ernest Pickering
O texto abaixo é tradução e
adaptação de parte do Capítulo 5 – The Rise and Impact of
Modern Religious Unbelief, livro de autoria de Ernest Pickering.
Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão
nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
– 2 Timóteo 4:3-4 (ACF,
ênfases minhas adicionadas)
0. Introdução
Mesmo enquanto a teologia puritana estava em sua plenitude, forças demoníacas estavam em ação, cujo objetivo era o de soletrar a morte de doutrinas cristãs cardeais por intermédio de um sistema de pensamentos filosóficos principais.
Os puritanos (não
separatistas e separatistas) trouxeram suas crenças para o Novo Mundo e foram,
em grande medida, responsáveis por estabelecer as bases dos Estados Unidos como nação.
Os séculos XVII e XVIII, no
entanto, testemunharam os primórdios do crescimento de alguns sistemas de pensamentos filosóficos
que eram antiéticos à Cristandade Bíblica e àquelas doutrinas pelos quais os
Puritanos, Peregrinos e os Anabatistas
tanto defendiam, laboravam e lutavam.
Gradualmente, essas ideias
começaram a dominar o pensamento dos
cristãos, particularmente em algumas instituições de ensino superior – Seminários Teológicos, e assim nasceu o “liberalismo religioso
moderno” (modernismo).
Como resultado, um tremendo conflito religioso acerca das doutrinas Bíblicas cardeais surgiu tanto
entre aqueles que aceitavam a Bíblia como autoridade absoluta e final, como fizeram os Puritanos, os Peregrinos e os Anabatistas, quanto entre aqueles que não a aceitavam.
1. As
Raízes do Liberalismo Religioso Moderno
Muitas afluências filosóficas ajudaram a formar a grande
corrente do liberalismo religioso - em particular, o deísmo Inglês, o
naturalismo Francês e o racionalismo Alemão.
Essas escolas de pensamento
aumentaram em proeminência nos séculos XVII e XVIII. Nossa preocupação é a de mencionar alguns dos principais
conceitos - aqueles que influenciaram a ascensão da descrença religiosa moderna
(isto é, a negação do cristianismo histórico,
fundamentalista e ortodoxo) – desses sistemas filosóficos.
a.
Preeminência da razão humana[2]
A Bíblia apresenta uma fé
que, embora não seja irracional, não é produto da razão humana, nem sustentada por ela. John
Locke (1632 - 1704), um pensador inglês, contestou isso.
Locke declarou que o
cristianismo deve ser aceitável para a razão humana. A verdade da revelação
divina deve ser crível, isto é, racional de acordo com os próprios padrões humanos.
Esta ênfase tornou-se mais e
mais perceptível em círculos religiosos à
medida que os escritos de Locke e outros
que pensavam como ele começaram a ter maior
circulação e aceitação entre os crentes.
O sobrenatural e o milagroso
foram rejeitados por professos proponentes da fé cristã. Se não fosse crível e
explicável, não era válido.
b.
Religião - como um desenvolvimento natural, não como
uma revelação sobrenatural.
Talvez nenhum homem tenha
sido mais corrosivo em sua denúncia humanista
do cristianismo do que François Marie Arouet, que melhor conhecemos como
Voltaire (1694-1788).
Voltaire rejeitou totalmente
a origem única da fé cristã. Ele afirmou que sua origem poderia ser explicada por motivos e processos puramente naturais. A religião cristã, disse ele, surgiu da ignorância e do medo dos povos
primitivos e não foi, de maneira alguma, uma revelação de um Deus sábio e
pessoal.
Ele se comprometeu a encontrar analogias entre o
cristianismo e outras religiões do mundo, com o objetivo de desacreditar o
cristianismo como um sistema distinto de
revelação e pensamento vindos de Deus.
Os conceitos de Voltaire se tornaram muito populares. Nos anos seguintes e nos últimos anos, cursos sobre “Religiões Comparadas” foram introduzidos no currículo de
muitas faculdades e universidades.
Os alunos,
incluindo os dos seminários teológicos, começaram
a ser ensinados que cada religião tinha seus pontos positivos e que a fé cristã[3] não deveria ser entendida como algo único, mas como apenas mais uma filosofia religiosa que
simplesmente foi incorporando ao longo do passar do tempo, em sua maior parte, conceitos a serem
encontrados em outras religiões do mundo.
c.
A Capacidade do Homem
Um dos maiores filósofos que
contribuíram muito para o surgimento da descrença moderna foi um alemão chamado
Immanuel Kant (1724-1804). Entre outras coisas,
Kant enfatizou a capacidade moral inata do homem. Isto
foi expresso em sua conhecida máxima: “Nós devemos; portanto nós podemos”.
Em outras palavras, “Se eu supostamente deveria fazer, eu tenho a capacidade de
fazê-lo”. Kant ressaltou os preceitos morais do cristianismo, mas ele não tinha
um evangelho sobrenatural e
transformador (novo nascimento, regeneração) pelo qual o homem pudesse implementar
esses preceitos.
Obviamente, ele não aceitava e repudiava a doutrina Escriturística da depravação e
incapacidade totais. Ele enxergava o homem como uma criatura capaz de fazer o
que é moralmente certo e justo se quisesse.
Ele também ensinou que Deus não pode ser verdadeiramente
conhecido,
e esse conceito teve uma grande influência nas gerações seguintes de teólogos[4].
d.
A Essência da Religião para
os filósofos É apenas
A Consciência Interior De Deus
Um homem é especialmente conhecido por sua ênfase
na experiência religiosa - Friedrich Schleiermacher[5] (1768-1834). Para
ele, a religião era basicamente uma sensação de dependência de Deus; era apenas uma experiência interior.
Quanto mais intensos forem esses sentimentos,
mais religiosa será uma pessoa. Questões de Doutrina e Teologia Formal e
Sistemática são de pouca importância. É a alegria de “experimentar a
Deus” que está no coração do cristianismo. A influência de Schleiermarcher foi muito grande, e essa
vertente de
pensamento
foi importante na fabricação da tapeçaria total do antigo modernismo (liberalismo).
Acreditando nisso, poder-se-ia rejeitar as
doutrinas cardeais da fé como objetivamente reveladas nas Escrituras e ainda supostamente ser uma pessoa muito
“religiosa”, amando e desfrutando de Deus[6].
e.
A Mudança Contínua e o Desenvolvimento Da Teologia Liberal Moderna
O cristianismo ortodoxo
acredita que a fé cristã foi entregue por Deus ao Seu povo e seu conjunto de doutrinas é fixa e
estável. As visões modernas da teologia, no entanto, são bastante diferentes, e
muitas delas foram influenciadas por George Hegel (1770-1831). Hegel era um
panteísta e não acreditava em um DEUS Pessoal e Onipotente, tal qual a Bíblia O
revela e apresenta.
Para ele, Deus estava
constantemente mudando: assim, para ele,
não havia absolutos. Sua filosofia constitui-se simplesmente do conceito
evolutivo aplicado à teologia. Hegel
supôs que nós cristãos [N]ão temos uma fé fixa e autoritária, mas uma que
esteja constantemente se desenvolvendo.
Essa abordagem naturalmente
atraiu as mentes dos homens e foi particularmente popular surgindo, como de
fato ocorreu, numa época em que os homens olhavam para todo o Universo como uma
entidade que se desenvolvia gradualmente,
por meio da fantasiosa teoria da evolução, não tendo um Criador e nem um
Regente pessoal[7].
f.
Uma Visão Humanística da Bíblia
Homens e mulheres que absorvem
conceitos como estes, de
Hegel, não poderiam aceitar a Bíblia como
divinamente inspirada e autoritária. Durante o período de tempo em discussão, uma
abordagem radical e inacreditável para a Alta Crítica havia se desenvolvido.
(O estudo da autoria, propósito, data e ocasião
da escrita de livros bíblicos, pode ser uma busca legítima desde que dentro dos conceitos e padrões
Bíblicos e Teológicos de Hermenêutica e Exegese, mas quando utilizada
por mentes incrédulas e anti-sobrenaturais, podem ser devastadoras. Assim foi
nesses séculos com
o surgimento da Moderna Alta Crítica).
A Bíblia passou
a ser vista como um livro meramente humano e foi
tratada como qualquer outra peça de literatura. Os críticos textuais não apreciavam sua
singularidade e, como resultado, popularizaram a ideia de que ela estava
repleta de erros, tanto científicos quanto em
outras áreas não científicas.
Essas foram algumas das ideias que foram geradas
por homens[8] que eram “por
natureza filhos da ira” (Ef. 2:3). Eles foram avidamente recebidos por muitos
outros cujas mentes também estavam imersas em escuridão e trevas espirituais.
2. O Unitarianismo Moderno
Mais ou menos na mesma época
em que os filósofos racionalistas começaram a promulgar suas teorias
anticristãs, [res]surgiu outro
sistema de pensamento muito devastador. Estava destinado a ter um impacto
considerável sobre a vida e o pensamento religioso, particularmente na
Inglaterra e nos Estados Unidos.
Ficou conhecido como Unitarianismo[9], assim chamado porque é o oposto do Trinitarianismo, a posição ortodoxa e bíblica. Um unitário nega a Doutrina da Trindade e, como resultado, a divindade do Senhor Jesus Cristo.
Os primórdios do
Unitarianismo moderno são geralmente
atribuídos a John Biddle (1615-1662), um inglês. A primeira congregação
unitarista de fato registrada, no entanto, não foi organizada até 1774 na
Inglaterra.
O unitarismo começou a se
desenvolver na América entre as Igrejas Congregacionais da Nova Inglaterra no
final do século XVIII. Uma vez que se trata do assunto geral de apostasia e
separação que estamos estudando, seria bom fazer a pergunta: “Como começou?”
Não é estranho que um sistema como o Unitarianismo surja entre as igrejas que foram
fundadas pelos puritanos?
Um autor amigo do unitarismo
tem uma resposta surpreendente. Tudo começou por causa do clima de consentimento e transigência doutrinária.
Na introdução ao seu volume, ele escreveu:
“...
Eles adoravam enfatizar os pontos de concordância em vez dos pontos de
diferença. Eles estavam dispostos a fazer concessões em prol da paz das
igrejas.” (Samuel Eliot, Arautos de uma
Fé Liberal, Boston, American Unitarian Association, 19910. I, Intro.)
Obviamente, eles encontraram pessoas nas igrejas mais ortodoxas que compraram sua
abordagem afável e cativante e não reconheceram a poção venenosa escondida por entre a mão estendida.
Deveríamos sempre ter cuidado com
quem faz concessões indevidas ostensivamente, alegando interesses a fim de ganhar “a paz das igrejas”.
Uma vez iniciado, como o
unitarismo fez um progresso tão espetacular? Não foi imediatamente identificado
pelo que era e imediatamente
denunciado pelos líderes ortodoxos?
Em um capítulo muito
interessante, “O Avanço Silencioso do Liberalismo”[10],
Cooke procura responder a essa pergunta também.
“As
tendências progressistas seguiram avançando
em silêncio e, passo a passo, as antigas crenças foram descartadas, mas sempre
por indivíduos e igrejas locais e não
abertamente pelas associações ou
ações oficiais em geral... Algo dessa tendência também se deveu ao espírito da
livre investigação e da interpretação racionalista[11]
da religião que, para eles, estava
começando a fazer sentido... "
Os proponentes Unitaristas
apontam com orgulho para o fato de que o Unitarismo surgiu na Nova Inglaterra
sem que tenha ocorrido um tumulto
aberto (até que ele já estivesse
entrincheirado). Muitas igrejas tornaram-se Unitárias, em vez de Trinitárias e
“cruzaram a fronteira sem saber ou sequer
perceber”[12].
Em muitas igrejas “não houve nenhum debate sobre mudanças teológicas. Foi uma
evolução natural e pacífica”[13].
No momento em que surgiram as
tomadas de alertas públicos e oficiais a respeito do
Unitarismo, já era tarde demais para conter a maré de seu avanço. Henry Ware,
um unitarista, foi nomeado professor Catedrático Hollis de Teologia na Universidade de Harvard em 1805. Esse
movimento aberto finalmente galvanizou alguns conservadores, e houve uma luta. Os
adversários da nomeação de Ware perderam, mas suas razões para se opor a ele
foram publicadas por Jedediah Morse[14].
Foi sua ação que precipitou uma controvérsia pública que durou vários anos.
Embora essa
ação
tenha eventualmente provocado a separação dos Unitaristas como um corpo
distinto ao dos Congregacionalistas, ela não
desfez os trágicos resultados que vieram de anos de ensino unitário nas
igrejas. A Associação Unitária Americana foi finalmente formada em 1825. Um dos
líderes do unitarismo da Nova Inglaterra era o popular e capaz William Elletry
Channin[15]
(1780-1842), pastor da Igreja da Rua Federal de Boston.
3. O Liberalismo Religioso Moderno Desafia
a Ortodoxia [...de forma aberta, descarada e blasfema!]
A segunda metade do século
XIX viu uma rápida união das forças já descritas e outras que surgiram. Nenhuma
mudança dramática na face exterior da vida da igreja se tornou imediatamente
visível. [Tudo...] Foi muito mais sutil e
gradual. [O Livro...] A Origem das Espécies[16],
de Charles Darwin, surgiu em 1859, e os pensamentos expressos nele atraíram a
imaginação da comunidade “científica”[17].
O livro posterior de Darwin, A Origem do Homem[18],
foi ainda mais controverso e blasfemo e
abertamente desafiou o relato de Gênesis sobre a criação do homem.
Tanto na América quanto na
Europa, os liberais religiosos começaram a escrever e falar mais abertamente [...de
forma descarada e blasfema!]. Um esforço foi feito por
parte de alguns para tornar o novo intelectualismo receptivo, chamando-o de
“liberalismo evangélico” ou algo do tipo. A primeira parte do século XX viu a
ascensão de Horace Bushnell com sua visão evolucionista da educação cristã, na
qual ele negava a necessidade do novo nascimento. Homens como Washington
Gladden, Philips Brooks e Shailer Mathews enfatizaram os aspectos sociais da
religião e negaram as grandes doutrinas fundamentais da fé[19].
Todos estes tinham sido influenciados,
de maneiras sutis ou mais abertas, pelos muitos padrões de pensamento
humanísticos e evolucionários que prevaleciam.
Isso não foi só verdade na América, mas também na Grã-Bretanha. Foi na
Inglaterra que um dos primeiros e mais notáveis desafios foi levantado contra
as invasões do modernismo por um dos maiores separatistas de todos os tempos -
Charles Haddon Spurgeon.
4. Conclusão: Lições a Serem Aprendidas[20]
Como foi que os homens que
alegavam (e em muitos casos realmente possuíam) crerem nas doutrinas ortodoxas
da fé se opuseram a um homem que os defendia? (Spurgeon)
Certamente, uma grande lição
surge do estudo dessa controvérsia. O espírito de acomodação pode
levar à transigência em questões vitais.
Muitas vezes, as aberrações
doutrinárias nascem com um estado de espírito que, eventualmente, se desenvolve
em uma expressão mais tangível, dadas as condições certas[21].
Algo mais pode ser aprendido
com esta tragédia dolorosa. A lealdade à Denominação pode minar a sua lealdade a Cristo.
Isso é sempre um perigo para as pessoas de Deus. Muitos, se não a maioria, dos
Batistas do dia de Spurgeon tinham convicções muito semelhantes às dele. Esses irmãos, no
entanto, eram tão leais à União Batista que ficaram cegos para o que estava
acontecendo ao redor deles.
A controvérsia do Down Grade nos dias de Spurgeon nos
adverte que a falta de discernimento espiritual pode resultar
em catástrofe para as igrejas locais. É
evidente que a maioria dos homens nos dias de Spurgeon não discerniu o que
estava acontecendo. Eles foram “embalados até um sono profundo”[22]
pelas constantes garantias de que tudo estava bem. As questões doutrinárias foram
sendo deixadas de lado, postas cada vez mais distantes.
Infelizmente, muitos pastores de Deus estavam cegos.
Obediência a Deus na Separação muitas
vezes trará abusos – ódio, abandono, más línguas,
perseguição, dor e sofrimento – até mesmo por
parte daqueles que alegam amar o SENHOR e
serem cristãos fundamentalistas. Aqueles
que deveriam ser seus amigos e companheiros de batalha pela fé, muitas vezes
tomarão posição contrária e se voltarão contra você, assim como ocorreu no caso
de Spurgeon.
Spurgeon não hesitou em
fazer o que ele achava que era correto e Bíblico,
apesar do preço que ele teria de pagar. Ele acreditava que a separação da
apostasia era bíblica e correta. Ele agiu de
acordo com essas convicções, nascidas em seu coração por
meio
de um estudo sério e honesto da
Palavra de Deus. Ele não foi um otimista nem entusiasta
quanto a um possível expurgo da descrença das Uniões, Associações, Convenções,
Ligas e Agências.
Certamente, muitos hoje
possuem e compartilham das convicções de Spurgeon e regozijam-se com o fato de
que, apesar de exposto ao
ridículo e ao ostracismo, ele estava disposto tanto a
enunciá-las quanto a implementá-las.
Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao
Senhor e aparta-te
do mal.
...aparte-te dos tais.
– Cf. I Timóteo 6:5b
Destes afasta-te.
–
Cf. 2 Timóteo 3:5
Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu
vos receberei;
–
Cf. 2 Coríntios 6:17
(Todos os versículos utilizados são da versão Almeida Corrigida e Fiel ao Texto Original
- a única que recomendamos em
Português para o uso dos santos, nas igrejas locais - ênfases minhas adicionadas.)
Tradução e adaptação.
Fev-Mai, 2019.
Revisão 01, formato.
[1] Pickering,
Ernest D. Biblical Separation: The Struggle For A Pure Church.
(Regular Baptist Press. Schaumburg, Illinois. 1979).
[2] Devemos
concordar com o que diz Schaeffer: “…a palavra racionalismo… não deve ser
confundida com a palavra racional. Racional significa que as coisas que nos
rodeiam não são contrárias à razão. Ou, colocando de outro modo, a aspiração do
homem pela razão é válida. Deste modo, a posição judaico-cristã é racional,
porém é a exata antítese do racionalismo…o racionalismo ou humanismo (sistema
pelo qual o homem, começando absolutamente por ele mesmo, procura construir
fora de si mesmo, tendo somente o próprio homem como ponto de integração, na
tentativa de encontrar todo conhecimento, significado e valor) é a unidade
dentro do pensamento não cristão… o racionalismo é sempre o mesmo: homens
tentando a partir de si mesmos…[e] se você começa a estudar a filosofia
seguindo a história da filosofia, ao terminar com todos estes círculos, cada um
tendo sido destruído pelo seguinte, é bem provável que você sinta vontade de pular da janela do seu edifício!”
[Schaeffer, FRANCIS A. “THE GOD WHO IS THERE”, InterVarsity Press. 1968].
[3] “Fé Cristã” - Conjunto de Doutrinas e Crenças Fundamentais
defendidas a partir da revelação escrita, a Bíblia, como sendo a Palavra de DEUS
(ver Judas 3).
[4] A
ênfase e a centralidade do Evangelho se torna o próprio homem, sua capacidade
(obras morais) e suas necessidades (obras sociais).
[5] Se
pronuncia foneticamente: ‘Chi – Lai – Er – Maquer’.
[6] A
ênfase se torna a “experiência religiosa”: sentir Deus, emoção à flor da pele,
sensação física, mental e emotiva, transe místico e alteração de consciência. O
que é proporcionado pela carne é fixado no centro da experiência cristã, não o
entendimento, o conhecimento e a concordância da Verdade por meio do
alinhamento doutrinário com as Sagradas Escrituras. Para o evangelicalismo
apóstata pós-moderno, a exaltação da carne por meio das emoções, tal como
ocorre nas formas mais baixas de paganismo, está acima do entendimento, da compreensão
e do conhecimento de DEUS para perdão e salvação, por meio da Sua Palavra
Revelada.
[7] As
filosofias e fantasias de homens tais como Hegel, Morus, Feuerbach, Freud,
Nietzsche, Bakunin, Engels, Marx, Darwin, entre outros, que enfatizaram a falsa
ciência da evolução (o forte sobrevivendo ao mais fraco, a “struggle” pela vida adaptando uma
melhoria continua no homem, a aplicação na prática de uma suposta seleção natural – Eugenia), foi o
combustível sanguinário de genocidas dementes tais como: Lênin, Stalin,
Ho-Chi-Min, Pol Pot, Hitler, Mao Zedong, Pavelic, Milosevic, Fidel Castro, etc.
[8] Os
principais proponentes da Moderna Alta Crítica foram Brook Foss WESTCOTT
(1825-1903) e Fenton John Anthony HORT (1828-1892). Para saber mais sobre este
dois hereges, recomendo a leitura do excelente estudo A Dupla Dinâmica Westcott-Hort, Pr Pedro Almeida. Foram estes dois incrédulos que geraram o Texto
Crítico , que serviu de base para as per-Versões das bíblias moderninhas
adulteradas, ecumênicas e paganizadas, tais como a NVI, a BLH, Almeida
Atualizada, NTLH, Tradução Mundo Novo, dentre outras.
[9] O
Unicismo é herança herética do Sabelianismo, a crença não-Trinitária que
defende que Deus o Pai, Deus o Filho e
Deus o Espírito Santo são diferentes “modos”, “aspectos” ou “disfarces” de um
Deus único (como é percebido pelo crente: Pai no VT, Filho no NT e Espírito
Santo atualmente) ao invés de três pessoas distintas de Deus. O termo
Sabelianismo deriva de Sabélio, um padre do século III d.C. e defensor da
heresia. Ele foi um discípulo de Noeto, motivo pelo qual os seguidores desta
crença são chamados também de Noecianos. Tertuliano batizou-a
de Patripassianismo, pois se assim fosse Deus o Pai em sua unicidade é que
teria se manifestado em carne e morrido na Cruz, uma heresia derivada do
Sabelianismo. O Sabelianismo ficou também conhecido como monoteísmo modalista,
unicismo, monarquianismo modal ou simplesmente modalismo e os principais grupos
unicistas modernos atuais são: Igreja
Evangélica Voz da Verdade (IEVV); Igreja Só Jesus; Igreja Local de Witness Lee;
Adeptos do Nome Yehoshua e Suas Variantes; Tabernáculo da Fé; A Voz da Pedra
Angular (Willian Soto Santiago); Ministério Internacional Creciendo en Gracia;
Igreja Cristo Vive (do “apostolo” Miguel Ângelo); Pentecostal Novo Nascimento
em Cristo; Igreja de Deus do Sétimo Dia, Igreja Pentecostal Unida e Igreja
Pentecostal Unida do Brasil.
[10] George
Willis Cooke, Unitarianismo na América
(Boston: America Unitarianism Association, 1902), pp. 37,38.
[11] Aqui o
sentido, como explicado anteriormente, não tem a ver com a razão em si, mas
como o abandono da mesma em prol do Humanismo. O Racionalismo propõe a
centralidade do Homem, que encontra “sua
verdade particular e absoluta” de si para si mesmo, com desprezo parcial ou
total pela Verdade Absoluta da Palavra de DEUS. Os líderes que seguiram estas
proposições filosóficas sentiam ardente desejo de serem reconhecidos como
“eruditos”!
[12] Eliot, Arautos De Uma Fé Liberal, I,
Introdução.
[13] Ibid.
[14] Geógrafo,
pai de Samuel Morse, que inventou o telégrafo, lutou muito contra os liberais.
[15] Conhecido
como “o apóstolo do unitarismo”.
[16] O
Título original completo da obra fantasiosa de Darwin foi: Da Origem das Espécies por Meio
da Selecção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida,
enfatizando claramente a ideia do racismo e segregação racial, posteriormente
implantada pelos socialistas, comunistas, nazistas e demais asseclas seguidores
e fanáticos da mentira da evolução, uma falsa e perniciosa ciência.
[17] A
maioria destes, ávidos por uma pseudo erudição que, aparentemente, as
fantasiosas teorias de Darwin ofereciam aos seus preponentes.
[18] O
Título original completo desta outra obra fantasiosa e doentia de Darwin foi: A
Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo. Pelo título parece
óbivia a objetividade de banir os padrões morais e perpetrar a promiscuidade,
abraçada, defendida e vivida pelos humanistas seguidores de alguns outros
loucos depravados, tais como Sigmund Freud e Carl Jung.
[19] Umas
das mais graves, blasfemas e diabólicas consequências da busca pelo eruditismo
liberal foi o surgimento da chamada Teoria do Intervalo (Gap Theory), que estabelece a característica principal da enganosa Teologia Evolucionista. A Teoria do Intervalo defende a absurda
ideia de que um período enorme de tempo transcorreu entre os primeiros
versículos de Gênesis, buscando assim adaptar a mentirosa teoria de Darwin à
Bíblia. Esta blasfema teoria foi formulada no século 19 por Thomas Chalmers, um
professor escocês de teologia, que acreditava na fantasiosa concepção de tempo
geológico (centenas de milhões, ou bilhões, de anos) que os liberais estavam abraçando
abertamente. Embora tenha sido em grande parte rejeitada como espúria, essa
mentira ganhou atração significativa quando Cyrus Ingerson Scofield a
endossou em algumas notas de rodapé em sua “Bíblia de Referência”, de 1917.
[20] Antes
deste ponto, no capítulo, Pickering toma espaço (seis páginas) tratando do tema
The Issue of Separation in the Down Grade
Controversy of England (A Questão da Separação na Controvérsia de Baixo
Grau da Inglaterra), investigando a posição de Spurgeon e expondo erros da
União Batista e de homens tais como John Clifford. Para não tornar o nosso
texto demasiadamente longo, preferi deixar a tradução deste tópico para uma
próxima oportunidade.
[21] Um dos
exemplos do consentimento com o erro foi estabelecido pelo próprio termo
"evolução teísta”, visto anteriormente, cunhado pelo Jesuíta Teilhard de
Chardin, em Le Phénomène Humain,
1927. Este termo é usado para, ao final das contas, tentar defender a Teoria da
Evolução. Portanto, tentar implodir toda credibilidade e crença na criação em
sete dias literais de vinte e quatro horas, de Gênesis 1. Assim também tentando
fazer ruir toda credibilidade e crença no Deus da Bíblia. Para tentar enganar
os crentes ingênuos, o consentimento doutrinário liberal lança a isca de que
Deus não soube ou não quis claramente explicar toda a verdade, e que a
“Evolução” foi e continua sendo o modo de operação possível a ser usada por
Deus, ou escolhido por Ele, para levar bilhões de anos para criar o universo. A
suma desta heresia liberal é a de que a “Evolução” teria sempre sido, em
detalhes, planejada, dirigida e causada por Deus.
[22] Ver
Efésios 5:14, ACF.
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